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Governo Vargas

Uma das características dos governos Vargas foi a organização do Estado brasileiro, conheça alguns dos personagens dessa história

Getúlio Vargas foi o político que por mais tempo governou o Brasil desde a adesão do país ao modelo político republicano, tendo sido presidente em dois períodos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Vargas assumiu o governo após a Revolução de 1930, que derrubou o monopólio político da chamada “República do café com leite”. Representando, especialmente, os pecuaristas do Rio Grande do Sul e de parte de Minas Gerais em aliança com João Pessoa, presidente da Paraíba (o que equivalia ao cargo de governador), Vargas e outros insatisfeitos com os rumos políticos e econômicos do país, posicionaram-se contra as oligarquias de Minas Gerais e São Paulo (produtoras de leite e café) que dominavam o cenário político brasileiro. Assim, decidiram fazer oposição a Júlio Prestes, candidato que sucederia a Washington Luís na presidência da nação. A Revolução de 1930 foi, portanto, o movimento armado iniciado em 03 de outubro de 1930, buscando impedir a posse de Júlio Prestes. O movimento saiu vitorioso em 24 de outubro de 1930 e, com a morte de João Pessoa, no dia 03 de novembro de 1930 Getúlio Dornelles Vargas passou a ocupar o cargo de presidente provisório do Brasil, iniciando a chamada Era Vargas.

No ano de 1932, durante o Governo Provisório ocorreu um confronto contrário à Revolução de 1930, nomeado de Revolução Constitucionalista. Este movimento armado, ocorrido em São Paulo, tinha ligação com as oligarquias paulistas que governavam na Primeira República, o movimento questionava a legitimidade de Vargas como presidente e exigia a criação de uma nova constituição. Foram três meses de combate, de julho a outubro, entre os constitucionalistas e as forças legalistas do Estado finalizando na rendição dos constitucionalistas. Em decorrência do conflito, em maio de 1933, foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte e no ano de 1934 uma nova Constituição Federal foi implementada, substituindo a Constituição de 1891. Em decorrência das novas diretrizes nascentes com a Constituição de 34, eleições foram convocadas. Sendo neste momento, eleições indiretas, não abertas a toda população, mas somente aos representantes políticos que constituíam a Assembleia Nacional Constituinte. Vargas foi eleito em 1934 com 175 votos, enquanto os demais candidatos somaram 71 votos.

Tendo como justificativa o suposto avanço do comunismo, devido a tentativa de Levante Comunista de 1935, e um crescente descontentamento com a política e a economia brasileira, após três anos como presidente eleito, em 1937, Getúlio Vargas deu início ao Estado Novo. O regime político foi instaurado através do fechamento do Congresso Nacional e a instituição de uma nova Constituição Federal. O Estado Novo contou com apoio militar e buscava um Estado forte, centralizador e interventor. Ou seja, com o regime estado novista, Getúlio Vargas, como chefe do poder executivo, agregou em sua figura o poder político nacional. Desta forma, por exemplo, os governadores dos estados que se colocaram contrariamente ao regime do Estado Novo foram depostos e em seus lugares foram colocados interventores escolhidos pelo, então, presidente Vargas. Opositores ao governo eram perseguidos, torturados e mortos, a cultura e imprensa foram censuradas e deviam submeter ao Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), suas publicações. Estes fatos contribuem para que o Estado Novo também possa ser definido como uma ditadura. São deste período inúmeras das políticas trabalhistas que colaboraram para a fama de Vargas como a de um político que trouxe avanços aos trabalhadores brasileiros e à industrialização do país. Além disso, o forte controle da propaganda e as ações do DIP (e seus predecessores) foram executadas de modo a garantir a construção da imagem idealizada de Getúlio Vargas como o pai da nação.  

Com o início da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas colocou o país em posição de neutralidade, já que a guerra ocorria fora do continente americano. Contudo, após algum tempo, o Brasil entra na guerra, em apoio aos Estados Unidos, que faziam parte do grupo dos Aliados, o que contribuiu para o prolongamento do regime estado novista. No entanto, com os sinais de fim da guerra, aumentaram as pressões para o fim do regime implementado por Vargas. O que acabou acontecendo em 1945. Deste modo, Getúlio Vargas permaneceu no cargo de presidente da nação brasileira durante 15 anos consecutivos.

A deposição de Vargas, o fim do Estado Novo e a redemocratização do país não foram um consenso, o que corroborou para o início do Movimento Queremista a fim de que Getúlio permanecesse à frente do poder executivo nacional. Apesar do clamor queremista, Vargas foi deposto e o movimento seguiu ao longo dos anos, mesmo quando Getúlio Vargas seguiu para um período de exílio em uma fazenda de sua família no sul do Brasil. Graças ao apoio queremista, em 1950, Getúlio Vargas concorreu ao cargo de presidente pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), tendo sido eleito com 48,73% dos votos através de eleições diretas, as quais incluíam brasileiros acima dos 18 anos, com exceção daqueles que fossem analfabetos. Uma vitória que desagradou seus oposicionistas que acusaram a população de “não saber votar”.

A despeito das reclamações antigetulistas, a vitória de Vargas nas urnas em 1950 foi um fato incontornável que gerou grande expectativa em grande parte da população, já que em seu primeiro governo houve inúmeros avanços em termos de leis trabalhistas, apesar disto, naquele primeiro momento, greves e contrariedades publicamente manifestadas às políticas do governo eram proibidas. De todo modo, o nome de Getúlio Vargas entrou para a história atrelado a políticas trabalhistas e nacionalistas. Uma vez mais no poder, a partir de 1951, esperava-se que Vargas prosseguisse com avanços em termos de políticas trabalhistas e de diminuição dos custos de vida, sobretudo, das camadas mais pobres da sociedade, o que não ocorreu. Assim, neste segundo governo, em que greves não eram mais proibidas, Vargas teve de encarar inúmeras delas. O que demonstrava a insatisfação da população com os rumos econômicos e políticos do país.

Em seu segundo governo, Getúlio Vargas prosseguiu apostando em políticas nacionalistas e ligadas ao desenvolvimento industrial. Porém, não contava mais com aparatos de repressão de opiniões divergentes às políticas nacionais. De fato, seu segundo governo não contou com apoio midiático, já que, especialmente durante o Estado Novo, seu governo exercia censura à imprensa a fim de que as notícias divulgadas fossem benéficas a sua administração. Um fato que não foi esquecido pelos jornalistas e donos de jornais. No terreno das políticas nacionalistas Vargas incentivou políticas como a que visava que as empresas estrangeiras somente fizessem remessas de até 10% de seus lucros para o exterior, pois se o dinheiro era feito em solo brasileiro, deveria permanecer em sua maior parte em solo brasileiro. Ainda neste sentido de aprimoramento nacional, fundações de ensino e pesquisa como a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) foram criadas para desenvolver os setores de ciência, ensino e pesquisa no Brasil. Além disso, Vargas é responsável pela criação da Petrobras, empresa estatal da área do petróleo de grande importância para a constituição da riqueza do país.

O segundo governo de Vargas é marcado por inúmeras pressões. E em um Brasil em que já não vigoravam políticas de censura, Getúlio e seus apoiadores não poderiam simplesmente mandar prender ou censurar seus opositores. Mesmo assim, o político Carlos Lacerda, grande opositor de Vargas, sofreu um atentado, o qual foi atribuído e comprovado que partiu de membros da guarda pessoal do presidente Getúlio Vargas, aumentando as desconfianças em relação ao presidente e sobre a sua continuidade no comando do país. Neste cenário de pressões políticas, antes de completar seu segundo mandato como presidente do país, Getúlio Dornelles Vargas optou por tirar a própria vida em 24 de agosto de 1954.

Verbetes

Afonso Arinos de Melo Franco

Afonso Arinos de Melo Franco nasceu em Belo Horizonte em 1905. Seu pai, Afrânio de Melo Franco, foi ministro da Viação, embaixador do Brasil na Liga das Nações e ministro das Relações Exteriores.

Afonso Arinos de Melo Franco nasceu em Belo Horizonte em 1905. Seu pai, Afrânio de Melo Franco, foi ministro da Viação, embaixador do Brasil na Liga das Nações e ministro das Relações Exteriores. Afonso Arinos deu apoio a campanha de Getúlio Vargas pela Aliança Liberal em 1930. Em 1943, vinculou-se à Sociedade Amigos da América, organização que defendia a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, bem como a redemocratização interna. Nesse mesmo ano participou da elaboração e foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, primeira manifestação política contra a ditadura de Vargas. Em 1945, participou da fundação da União Democrática Nacional (UDN). Partidário do golpe militar de 1964, foi um dos fundadores da Aliança Renovadora Nacional (Arena).

Afrânio de Melo Franco

Afrânio de Melo Franco nasceu em Paracatu (MG) no dia 25 de fevereiro de 1870. Após a revolução de 1930 foi nomeado ministro das relações exteriores.

Afrânio de Melo Franco nasceu em Paracatu (MG) no dia 25 de fevereiro de 1870. Após a revolução de 1930 foi nomeado ministro das relações exteriores. No Itamarati, dispôs de relativa autonomia para desempenhar suas funções, já que as atenções de Vargas estavam inteiramente voltadas para a política interna. Em 1932, opôs-se à Revolução Constitucionalista deflagrada em São Paulo contra o governo federal.  Atuou como chanceler em diversas ocasiões e participou de soluções diplomáticas para a resolução de conflitos na América Latina. Era pai de Afonso Arinos de Melo Franco, um dos signatários do manifesto dos mineiros e líder da União Democrática Nacional (UDN). No pós-ditadura militar foi nomeado pelo então presidente José Sarney para presidir a Comissão Provisória de Estudos Constitucionais, comissão que tinha por objetivo preparar o texto básico da constituição que estava por vir.

Agamenon Magalhães

Agamenon Sérgio de Godói Magalhães nasceu em Vila Bela, atual Serra Talhada, no dia 5 de novembro de 1893.

Agamenon Sérgio de Godói Magalhães nasceu em Vila Bela, atual Serra Talhada, no dia 5 de novembro de 1893. Agamenon Magalhães foi um dos articuladores do Partido Social Democrático de Pernambuco (PSD), fundado em 19 de dezembro de 1932, e nessa legenda foi eleito deputado à Constituinte, que se reuniu a partir de novembro de 1933. Logo após a nova constituição, em 1934, foi nomeado ministro do trabalho onde permaneceu até ser concretizado o golpe do Estado Novo em novembro de 1937. Durante o período do Estado Novo, Agamenon foi interventor federal de Pernambuco até que em 1945, no final do regime, foi chamado ao ministério da justiça para criar o novo código eleitoral que ficou conhecido como Lei Agamenon.

Agildo Barata Ribeiro

Agildo da Gama Barata Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1905.

Agildo da Gama Barata Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1905. Agildo terminou o curso da Escola Militar em 1928 e passou a integrar, o grupo de revolucionários liderado pelo capitão Juarez Távora. Em 1930 teve participação direta na Revolução de 30, sendo encarregado de aprisionar, no quartel em que servia, oficiais legalistas ali presentes. Em 1931, após passar um período como secretário de Juarez Távora, Agildo Barata negou apoio às legiões revolucionárias, acusava-as de terem inspirações fascistas. Após grande insatisfação com o governo de Vargas, que o próprio ajudou a erguer, se alinhou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e participou da Aliança Nacional Libertadora (ANL) dando início a sua militância. Após a derrota da tentativa de insurreição da ANL, foi preso por 10 anos e perdeu sua patente militar. Em 1947 foi eleito vereador no distrito federal, até então no Rio de Janeiro, pelo PCB. Após sua saída do Partido Comunista, em 1956, Agildo Barata não teve mais grande participação política. Seu filho Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho não seguiu carreira política, porém, é um grande humorista e que, trata comicamente assuntos políticos do momento. Um dos seus personagens mais famosos foi o Ali Babaluf com seu bordão “eu não estou nem aqui”.

Alceu Amoroso Lima

Alceu Amoroso Lima, também conhecido pelo pseudônimo literário Tristão de Ataíde, nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 11 de dezembro de 1893.

Alceu Amoroso Lima, também conhecido pelo pseudônimo literário Tristão de Ataíde, nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 11 de dezembro de 1893. Em 1929, Alceu Amoroso Lima assumiu a direção do Centro Dom Vital. O Centro Dom Vital é uma associação civil subordinada à Igreja Católica, fundada por Jackson de Figueiredo em maio de 1922. Em 1930 posicionou-se contrário a revolução e em 1932 foi encarregado pelo Cardeal Leme de planejar, juntamente com outros líderes católicos, a Liga Eleitoral Católica (LEC).

Alexandre Marcondes Filho

Alexandre Marcondes Machado Filho nasceu em São Paulo, em 1892. Era advogado, diplomou-se em 1914 pela Faculdade de Direito de São Paulo.

Alexandre Marcondes Machado Filho nasceu em São Paulo, em 1892. Era advogado, diplomou-se em 1914 pela Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1926, elegeu-se vereador em São Paulo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Em 1932, deu apoio ao Movimento Constitucionalista, deflagrado em São Paulo contra o governo de Vargas. Em dezembro de 1941, foi nomeado ministro do trabalho por Vargas e um ano depois foi nomeado ao ministério da justiça, acumulando dois ministérios. Em maio de 1943, com a participação de Marcondes, foi decretada pelo governo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que efetivava a legislação trabalhista implementada em 1930.

Almeirinda Farias Gama

Almeirinda Farias Gama nasceu em Maceió no dia 16 de maio de 1899. Em 1929, se mudou para o Rio de Janeiro e, no mesmo ano, se tornou presidenta do Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos.

Almeirinda Farias Gama nasceu em Maceió no dia 16 de maio de 1899. Em 1929, se mudou para o Rio de Janeiro e, no mesmo ano, se tornou presidenta do Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos. Apoiou, neste período, as iniciativas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, liderado por Bertha Lutz. Em 1933, junto com Carlota Pereira de Queirós, foram as únicas mulheres que participaram da Assembleia Constituinte que deu às mulheres o direito ao voto e de serem votadas. Ainda neste ano, foi eleita delegada sindical pelo Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos. Em 1934 candidatou-se deputada federal pelo Distrito Federal, mas não foi eleita. Foi dirigente do Partido Socialista Proletário do Brasil e membra da Associação dos Escreventes da Justiça do Distrito Federal.

Alzira Vargas do Amaral Peixoto

Alzira Vargas do Amaral Peixoto nasceu em São Borja (RS) no dia 22 de novembro de 1914. Era filha de Getúlio Dornelles Vargas e de Darci Sarmanho Vargas.

Alzira Vargas do Amaral Peixoto nasceu em São Borja (RS) no dia 22 de novembro de 1914. Era filha de Getúlio Dornelles Vargas e de Darci Sarmanho Vargas. Era arquivista particular do pai desde 1932 e, em 1937, foi oficialmente nomeada auxiliar de gabinete, passando a integrar o Gabinete Civil da Presidência da República. Em 1939, se casou com o interventor federal do estado do Rio de Janeiro, o oficial da Marinha Ernani Amaral Peixoto. Com o enfraquecimento do Estado Novo e o início da redemocratização, Alzira foi uma das articuladoras do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), fundado em maio de 1945. Após o retorno de Vargas à presidência, Alzira voltou a assessorar o pai, vindo a exercer papel de relevo na crise político-militar de 1954.

Anísio Teixeira

Anísio Espínola Teixeira nasceu em Caetité (BA) no ano de 1900.

Anísio Espínola Teixeira nasceu em Caetité (BA) no ano de 1900. Formou-se em ciências jurídicas e sociais no Rio de Janeiro em 1922 e, entre 1924 e 1928, foi diretor-geral de instrução do governo da Bahia, promovendo a reforma do ensino naquele estado. De volta ao Brasil na década de 30, trabalhou junto ao recém-criado Ministério da Educação e Saúde, dedicando-se à tarefa de reorganização do ensino secundário. Anísio esteve entre os signatários do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, documento que defendia uma escola pública gratuita, laica e obrigatória. Trabalhou como secretário de Educação e Cultura do Distrito Federal, durante a prefeitura de Pedro Ernesto (1931-1936), estimulando a criação de novos estabelecimentos de ensino. Participou da criação da Universidade do Distrito Federal (UDF), o que gerou forte reação do ministro da Educação, Gustavo Capanema. Na década de 1950, foi secretário-geral da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e dirigiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep). Em 1963, é nomeado reitor da Universidade de Brasília (UnB), sendo afastado do cargo no ano seguinte em virtude do golpe civil-militar que derrubou o presidente João Goulart.

Anita Malfatti

Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo no dia 2 de dezembro de 1889.

Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo no dia 2 de dezembro de 1889. Em 1892, com três anos de idade seus pais buscaram tratamentos para sua atrofia na mão direita, contudo, sem sucesso.  Em 1910 viajou para Alemanha onde estudou na Academia Real de Belas-Artes de Berlim, onde foi contagiada pelo expressionismo alemão, um movimento artístico da década de 1920 que se caracteriza pela distorção das imagens e pinturas que expressam um desligamento da realidade. Retornou para o Brasil em 1914, e em maio deste ano abriu uma exposição com suas obras. Em 1915 viajou para Nova Iorque, nos Estados Unidos, e se matriculou na Art Students League abandonando o curso e matriculando meses depois na Independent School of Art. No ano seguinte, em 1916, voltou para o Brasil e em dezembro de 1917 promoveu sua segunda exposição, em São Paulo. A exposição foi considerada o início do movimento modernista e sofreu duras críticas de Monteiro Lobato. Participou e organizou a Semana de Arte Moderna de 1922, e fez parte do Grupo dos Cinco, um grupo de artistas modernistas composto por Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Menotti Del Picchia. Em 1923 retornou para Europa, agora para a França, permanecendo até 1928. Em 1929 apresentou mais uma exposição, e seguidamente lecionou na Escola Normal Americana e na Escola Normal do Mackenzie College até 1932. No ano seguinte abriu seu ateliê, onde ensinava sobre artes em Higienópolis. Em 1951 participou da 1ª Bienal de São Paulo.

Anna Amélia Queiroz

Anna Amélia Queiroz nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de agosto de 1896. Em 1911, aos 14 anos publicou seu primeiro livro de poesias, Esperança.

Anna Amélia Queiroz nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de agosto de 1896. Em 1911, aos 14 anos publicou seu primeiro livro de poesias, Esperança. Em 1918 fundou junto com a associação Damas da Cruz Verde a maternidade Pró-Matre. Em setembro de 1928 palestrou no Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) sobre a temática mulher e literatura, e em agosto do ano seguinte foi convidada para ser presidente da instituição Casa do Estudante Brasileiro (CEB). Em 1931 participou do II Congresso Internacional Feminista organizado pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), e no mesmo período foi vice-presidente da instituição. Em 1933 obteve o cargo de presidente vitalício na Comissão Central da Casa dos Estudantes. No ano seguinte se tornou a primeira mulher membra do Tribunal Eleitoral. Em 1935 foi nomeada por Getúlio Vargas para ser representante do Brasil no 1° Congresso Feminista Internacional da Woman League International, em Istambul. Em agosto de 1937 foi eleita presidente do Conselho Nacional de Estudantes. Entre 1941 e 1943 foi nomeada representante brasileira na Comissão Interamericana de Mulheres, em Washington. Em 1948 participou do Conselho da Associação dos Artistas Brasileiros, no mesmo ano foi eleita vice-presidente da Féderation Internacionale des Oerganizations de Correspondence et Exchange Écollires.

Antônio Borges de Medeiros

Antônio Augusto Borges de Medeiros nasceu em Caçapava do Sul (RS) no dia 19 de novembro de 1863. Era advogado e foi governador do Estado do Rio Grande do Sul de 1898 até 1908 e de 1913 até 1928.

Antônio Augusto Borges de Medeiros nasceu em Caçapava do Sul (RS) no dia 19 de novembro de 1863. Era advogado e foi governador do Estado do Rio Grande do Sul de 1898 até 1908 e de 1913 até 1928. Após a derrota de Getúlio Vargas nas eleições de 1930, Borges de Medeiros fez um pronunciamento dizendo que o resultado das eleições deveria ser mantido e que ele era contra a qualquer contestação armada. Em 1932, apoiou o movimento constitucionalista e organizou um levante armado contra Flores da Cunha, interventor federal no Rio Grande do Sul e fiel a Getúlio Vargas. Por causa desse levante Borges de Medeiros foi preso. No ano das eleições indiretas para presidente, 1934, foi o segundo candidato mais votado, perdendo para Vargas.

Antônio Carlos Ribeiro de Andrada IV

Antônio Carlos Ribeiro de Andrada nasceu em Barbacena (MG) em 1870.

Antônio Carlos Ribeiro de Andrada nasceu em Barbacena (MG) em 1870. Integrante da terceira geração da família Andrada e quarto político com esse nome, era irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Embaixador e sobrinho-neto do José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência. No final da chamada “República do Café com Leite”, na qual representantes de Minas Gerais e São Paulo alternavam na presidência do Brasil, Antônio Carlos de Andrada IV era o favorito para assumir a presidência da república, visto que, era o presidente do Estado de Minas Gerais no momento em que presidente paulista deixaria o governo federal. Contudo, Washington Luís rompeu com a tradição desse período da república e indicou um sucessor de São Paulo. Devido a isso, Andrada passou a articular a candidatura de Getúlio Vargas, do Rio Grande do Sul, formando a Aliança Liberal entre Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. Após uma eleição apertada o candidato de Washington Luís saiu vitorioso. Em 1933, após a revolução de 1930, Antônio Carlos de Andrada participou da criação do Partido Progressista (PP) e, por apoiar a candidatura de Vargas para as eleições indiretas, foi escolhido para presidir a assembleia constituinte de 1934. Antônio Carlos de Andrada morreu em 1946, contudo, a longa linhagem da família Andrada permaneceu na política, principalmente no município de Barbacena (MG), e no Congresso Nacional. Ainda em 2018 temos como deputado federal um integrante da família Andrada, o deputado Bonifácio José Tamm de Andrada que é sobrinho-neto de Antônio IV e neto do José Bonifácio de Andrada, o embaixador.

Ari Frederico Torres

Ari Frederico Torres nasceu em Porto Alegre no dia 1° de outubro de 1900. Em 1923 se formou em engenharia civil pela Escola Politécnica, hoje Universidade de São Paulo (USP).

Ari Frederico Torres nasceu em Porto Alegre no dia 1° de outubro de 1900. Em 1923 se formou em engenharia civil pela Escola Politécnica, hoje Universidade de São Paulo (USP). No ano de 1928 tornou-se diretor do Laboratório de Ensaio de Materiais (LEM) da Politécnica, o transformando em um centro de pesquisa. Em 1934 o LEM se tornou o Instituto de Pesquisas Tecnológica do Estado de São Paulo sobre sua direção. Com o início do Estado Novo, em 1937, foi nomeado pelo interventor José Joaquim Cardoso para o cargo de secretário de Viação e Obras Públicas do estado de São Paulo. Três anos depois foi eleito 1° secretário da Federação Brasileira de Engenheiros. Em março do mesmo ano foi escolhido por Getúlio Vargas para ser membro da Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional, continuando no ano seguinte com o projeto para a construção e exploração da usina de Volta Redonda e assumindo o cargo de vice-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional.

Armando de Sales Oliveira

Armando de Sales Oliveira nasceu na cidade de São Paulo, no dia 24 de dezembro de 1887.

Armando de Sales Oliveira nasceu na cidade de São Paulo, no dia 24 de dezembro de 1887. Em 1932, participou das articulações que levaram à criação da Frente Única Paulista e posteriormente da Revolta Constitucionalista, após a derrota dos revoltosos assumiu a interventoria do Estado de São Paulo. Em 25 de janeiro de 1934, Armando Sales assinou o documento de criação da Universidade de São Paulo (USP) que reuniu várias faculdades já existentes na mesma administração. No final de 1936, comunicou a Vargas sua intenção de candidatar-se às eleições presidenciais previstas para janeiro do ano seguinte. Devido ao golpe do Estado Novo ficou em prisão domiciliar por cerca de 1 ano e depois exilou-se.

Artur da Silva Bernardes

Artur da Silva Bernardes nasceu em Viçosa (MG) no dia 8 de agosto de 1875. Em 1922 concorreu à presidência da República, em campanha eleitoral bastante acirrada.

Artur da Silva Bernardes nasceu em Viçosa (MG) no dia 8 de agosto de 1875. Em 1922 concorreu à presidência da República, em campanha eleitoral bastante acirrada. Apoiado por Minas e São Paulo, teve que enfrentar o candidato da Reação Republicana, o ex-presidente Nilo Peçanha, que aglutinava o apoio dos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Foi presidente do Brasil de 1922 a 1926. Já em 1930, Bernardes apoiou a revolta armada que pôs Getúlio Vargas no poder, contudo, viu seu poder e sua influência no Estado de Minas serem ameaçados pelo novo governo. Devido a isso, apoiou a Revolta Constitucionalista de 1932 e acabou sendo exilado. Em 1934, após ser anistiado, foi eleito deputado federal pelo Partido Republicano Mineiro (PRM) e passou a fazer oposição à Vargas. Durante o Estado Novo, em 1943, foi signatário do manifesto dos mineiros e após a redemocratização fundou o Partido da República (PR). Seu filho, Artur da Silva Bernardes Filho, foi signatário da constituição de 1934, senador pelo (PR) nos anos de 1947 a 1950 e vice-governador de Minas Gerais em 1955.

Artur de Sousa Costa

Artur de Sousa Costa nasceu em Pelotas (RS) em 26 de maio de 1893. Em janeiro de 1932 assumiu o cargo de presidente do Banco do Brasil, tendo que enfrentar os reflexos causados pela crise de 1929.

Artur de Sousa Costa nasceu em Pelotas (RS) em 26 de maio de 1893. Em janeiro de 1932 assumiu o cargo de presidente do Banco do Brasil, tendo que enfrentar os reflexos causados pela crise de 1929. Modernizou o sistema financeiro através da criação da Caixa de Mobilização Bancária. Dois anos depois assumiu o Ministério da Fazenda substituindo o então ministro Osvaldo Aranha e manteve uma política de equilíbrio orçamentário. Atuou em negociações com os Estados Unidos e Alemanha buscando restabelecer o comércio e procurando renegociar dívidas. No Estado Novo permaneceu no cargo de Ministro da Fazenda e atuou no crescimento da indústria nacional diminuindo o incentivo à importação. Em 1942 chefiou uma missão aos Estados Unidos negociando os chamados acordos de Washington, aproximando assim, Brasil e EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1943 teve um plano econômico em seu nome, Plano Sousa Costa. Apoiou o movimento queremista em 1945 e no mesmo ano foi eleito deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo Partido Social Democrático (PSD) e tornou-se líder da bancada gaúcha pelo partido.

Augusto do Amaral Peixoto Júnior

Augusto do Amaral Peixoto Júnior nasceu em 1901, no Rio de Janeiro. Em 1930 foi um dos apoiadores da revolta armada contra o governo federal que colocou Getúlio Vargas no poder.

Augusto do Amaral Peixoto Júnior nasceu em 1901, no Rio de Janeiro. Em 1930 foi um dos apoiadores da revolta armada contra o governo federal que colocou Getúlio Vargas no poder. Augusto era tesoureiro da organização que tinha por objetivo controlar a ação dos tenentes no Brasil, o “Clube 3 de Outubro”. Em outubro de 1934, foi eleito deputado federal constituinte pela legenda do Partido Autonomista e posteriormente eleito deputado definitivamente pela mesma legenda. Em 1937, posicionou-se contrário à ditadura do Estado Novo imposta por Vargas e em 1945, com a redemocratização do país, ingressou no Partido Social Democrático (PSD). Durante o governo Dutra (1946-1951), ocupou cargos menos importantes e durante o governo de Juscelino Kubitscheck (1956-1961), presidiu a Caixa Econômica Federal. Em 1962, ainda no PSD, elegeu-se deputado estadual na Guanabara. Seu irmão, Ernani do Amaral Peixoto, teve longa carreira política além de ter sido casado com a filha de Getúlio Vargas, Alzira Vargas do Amaral Peixoto.

Belmiro de Lima Valverde

Belmiro de Lima Valverde nasceu em Alagoinha (BA) em 22 de abril de 1884. Em 1906 se formou na Faculdade de Medicina da Bahia.

Belmiro de Lima Valverde nasceu em Alagoinha (BA) em 22 de abril de 1884. Em 1906 se formou na Faculdade de Medicina da Bahia. Foi premiado pela Academia Nacional de Medicina no ano de 1921 e três anos depois se exilou na Europa após fazer críticas ao governo de Artur Bernardes. Retornou ao Brasil em 1932 e apoio a Revolução Constitucionalista. No ano seguinte aderiu à Ação Integralista Brasileira (AIB) e se tornou chefe do Departamento Nacional de Finanças do partido entre 1934 e 1936. Em junho do mesmo tornou-se membro do Conselho supremo da AIB, participou do segmento de oposição ao Estado Novo de Getúlio Vargas dentro do partido e comandou a conspiração dos integralistas no Rio de Janeiro, reunindo armas e explosivos para a tentativa de tomada do Palácio da Guanabara no dia 11 de maio de 1938; o plano falhou e Valverde ficou foragido após acusações, sendo preso dia 14 de outubro na casa de seu companheiro de organização João Daré. Ele foi condenado a 16 anos, cumprindo somente 7 anos e sendo anistiado no ano de 1945.

Benedito Valadares Ribeiro

Benedito Valadares Ribeiro nasceu em Pará de Minas (MG) no dia 4 de dezembro de 1892. Foi vereador em Minas Gerais e apoiou a Aliança Liberal, que apoiou Getúlio Vargas na Revolução de 30.

Benedito Valadares Ribeiro nasceu em Pará de Minas (MG) no dia 4 de dezembro de 1892. Foi vereador em Minas Gerais e apoiou a Aliança Liberal, que apoiou Getúlio Vargas na Revolução de 30. Quando o movimento revolucionário de 1930 começou, Benedito era prefeito de Pará de Minas. Em 1932, apoiou o combate contra os revoltosos de São Paulo e no ano seguinte foi nomeado por Getúlio Vargas para assumir o governo de Minas Gerais, no lugar do falecido Olegário Maciel. Benedito Valadares apoiou fielmente o projeto de Getúlio Vargas para permanecer no governo em 1937, quando foi iniciada a ditadura do Estado Novo. Continuou como chefe de Minas Gerais até 1945. Em 1950, Benedito foi eleito como deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD) e mais tarde, em 1954, foi eleito senador pelo mesmo partido, cargo que exerceu até 1963. Em 1965, a partir da promulgação do Ato Institucional nº2, os partidos foram fechados e se adotou o bipartidarismo, com um partido do governo, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o partido de oposição, Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Nesse mesmo ano Benedito Ribeiro ingressa no ARENA e apoia a ditadura militar.

Bertha Maria Júlia Lutz

Bertha Maria Júlia Lutz nasceu na cidade de São Paulo no dia 2 de agosto de 1894.

Bertha Maria Júlia Lutz nasceu na cidade de São Paulo no dia 2 de agosto de 1894. Bertha Lutz era filha do médico, zoólogo e pesquisador Adolfo Lutz considerado o pai da medicina tropical com diversas contribuições na área de doenças infecciosas. Bertha, por sua vez, era formada em botânica, ciências naturais, zoologia, embriologia, química e biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, a Sorbonne. Durante sua estadia na Europa teve contato com o movimento feminista inglês. Em 1918, foi aprovada num concurso público para secretaria do Museu Nacional, foi a segunda mulher a ingressar num cargo público no Brasil, e posteriormente tornou-se naturalista da seção de botânica do próprio Museu. Em 1919, Bertha Lutz fundou a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher e em 1922 representou o Brasil na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-americana. Em 1932, Lutz fundou a Liga Eleitoral Feminina e em 1934 candidatou-se a Assembleia Constituinte, representando a Liga Eleitoral Independente, ligada ao movimento feminista. Em 1936, assumiu uma vaga na câmara dos deputados federal. Integrou a delegação para a Conferência Internacional da Mulher realizada pela ONU em 1975, ano internacional da mulher.

Bertoldo Klinger

Bertoldo Klinger nasceu em 1º de janeiro de 1884 na cidade de Rio Grande (RS). Foi um militar formado na Escola Militar da Praia Vermelha na cidade do Rio de Janeiro.

Bertoldo Klinger nasceu em 1º de janeiro de 1884 na cidade de Rio Grande (RS). Foi um militar formado na Escola Militar da Praia Vermelha na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de manter contato com os revoltosos que retiraram Washington Luís do poder, em 1930, não apoiou o movimento, participando apenas em golpes promovidos por altos oficiais das forças armadas no distrito federal. Foi nomeado general em 1931, mas devido a problemas com oficiais tenentes do governo foi transferido para o Mato Grosso do Sul, onde proibiu qualquer oficial de se filiar ao movimento tenentista. Foi nomeado chefe militar da revolta constitucionalista e após a rendição dos paulistas foi exilado em Portugal. Recebeu a anistia em 1934 e em 1964 apoiou o golpe militar que derrubou João Goulart.

Caio Prado Júnior

Caio da Silva Prado Júnior nasceu na cidade de São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907.

Caio da Silva Prado Júnior nasceu na cidade de São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907. Prado Júnior se graduou em direito em São Paulo no ano de 1928 e logo iniciou sua vida política, se filiando ao Partido Democrático. Como membro do partido participou da Revolução de 1930, mas no ano seguinte se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em 1933, Caio iniciou sua carreira de escritor com o ensaio “Evolução política do Brasil”. Ensaio este, em que procurou elaborar uma síntese da história brasileira da colônia ao fim do Império. Naquele mesmo ano viajou à União Soviética, publicando em 1934 o livro “URSS, um novo mundo”. Foi vice-presidente da Aliança Nacional Libertadora (ANL) e, após o fracasso do levante promovido pela ANL em Natal, em 1935, foi preso por 2 anos. Em 1947, com a redemocratização do país e a expansão político-eleitoral do PCB, elegeu-se deputado estadual em São Paulo.

Carlos de Lima Cavalcanti

Carlos de Lima Cavalcanti nasceu em Amaraji (PE), no dia 7 de junho de 1892.

Carlos de Lima Cavalcanti nasceu em Amaraji (PE), no dia 7 de junho de 1892. Era advogado formado pela Faculdade de Direito de São Paulo e foi eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Democrata (PRD) em Pernambuco em 1922. Em 1927, Lima Cavalcanti, se afastou das atividades como parlamentar para se dedicar ao jornalismo e fundou o Diário da Manhã e depois o Diário da Tarde, ambos os jornais exaltavam as ideias tenentistas. Apoiou a candidatura de Getúlio Vargas, e, em 1930, após a derrota de Vargas nas eleições, foi um dos principais articuladores da Revolução de 30. Logo após a vitória dos revolucionários, foi nomeado por Vargas interventor federal no estado de Pernambuco. Em 1932, Cavalcanti esteve contrário ao movimento constitucionalista e enviou cerca de 6 mil homens para auxiliar o governo federal contra os paulistas. Após o levante comunista contra o governo federal, liderado por setores da Aliança Nacional Libertadora (ANL), foi acusado de estar colaborando com o movimento e perdeu prestígio com o governo federal. Foi retirado da interventoria de Pernambuco em 1937. No ano seguinte, foi nomeado embaixador na Colômbia e depois em uma série de países. Foi nomeado, em novembro de 1954, presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) pelo presidente Café Filho. Em 1956, voltou à Câmara Federal, onde permaneceu até 1959.

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira do Mato Dentro (MG). É considerado por muitos o poeta brasileiro mais influente do século XX.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira do Mato Dentro (MG). É considerado por muitos o poeta brasileiro mais influente do século XX. Iniciou sua atividade literária escrevendo artigos e crônicas para o Diário de Minas, órgão do Partido Republicano Mineiro (PRM). Em 1925, fundou A Revista que obteve uma grande repercussão devido suas posições modernistas. Foi de grande ajuda para o ministro da educação à época, Gustavo Capanema, chegando a ser seu chefe de gabinete.

Carlos Lacerda

Carlos Frederico Werneck de Lacerda nasceu no Rio de Janeiro no dia 30 de abril de 1914.

Carlos Frederico Werneck de Lacerda nasceu no Rio de Janeiro no dia 30 de abril de 1914. Seu pai, Maurício Paiva Lacerda, participou das revoltas tenentistas de 1922 e 1924, revolução de 1930 e foi acusado de integrar a Revolta Comunista de 1935. Em 1932 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, contudo, não finalizou os estudos, abandonando o curso em 1934. Em março 1935 participou da organização que fundou a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e em outubro de 1937 foi preso acusado de participar da Revolta Comunista de 1935, sendo solto poucos dias depois. Em 1938 escreveu artigos para as revistas Observador Econômico e Financeiro e Diretrizes. No ano seguinte, obteve o rompimento com as organizações de esquerda após publicar uma matéria no Observador Econômico e Financeiro, a pedido do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), exaltando o Estado Novo e a prisão dos principais líderes comunistas, esse fato o custou o título de traidor. Em 1945 se filiou à União Democrática Nacional (UDN) e fez campanha para Eduardo Gomes como presidente. Em 1946 criou sua coluna intitulada de “Na Tribuna da Imprensa” no jornal Correio da Manhã, três anos depois, foi afastado do grupo jornalístico e no mesmo ano fundou o jornal Tribuna da Imprensa. Em 1950 participou da VI Conferência Interamericana de Imprensa, em Nova Iorque, sendo eleito membro do conselho diretor da Associação Interamericana de Imprensa. Entre 1950 e 1954, durante o segundo governo de Getúlio Vargas foi o maior expoente da imprensa anti-varguista, neste período liderou a campanha contra o jornal Última Hora, de Samuel Wainer, acusando-o de receber dinheiro governamental, fundou o Clube da Lanterna que tinha por objetivos combater politicamente o governo Vargas, e ainda nessa época responsabilizou o Estado de cometer o atentado dirigido contra sua pessoa em agosto de 1953, o Atentado da Toneleiros, que ocasionou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz, que era segurança pessoal de Lacerda.

Carlota Pereira de Queirós

Carlota Pereira de Queirós nasceu na cidade de São Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1892.

Carlota Pereira de Queirós nasceu na cidade de São Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1892. Carlota se formou em medicina em 1926 e, no mesmo ano, ganhou o prêmio Miguel Couto por sua tese sobre o câncer. Na revolta constitucionalista de 1932, esteve à frente de mais de 700 mulheres que ajudaram a socorrer os feridos nas batalhas. No ano seguinte, foi a única mulher eleita para participar da assembleia constituinte. Em 1934, foi eleita deputada constituinte pelo Partido Constitucionalista de São Paulo e permaneceu até 1937, quando foi instaurado o Estado Novo. Fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, da qual foi presidente durante alguns anos. Apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart, em 1964.

Cassiano Ricardo Leite

Cassiano Ricardo Leite nasceu em São José dos Campos (SP), em 1895.

Cassiano Ricardo Leite nasceu em São José dos Campos (SP), em 1895. Era poeta, jornalista e ensaísta e durante a Revolução Constitucionalista de São Paulo, em 1932, fez discursos radiofônicos na série Em defesa da revolução, baseados nos poemas de Martim Cererê. Nesta ocasião foi nomeado secretário do governo de Pedro de Toledo em São Paulo. Em 1937, entrou para a Academia Brasileira de Letras e durante o Estado Novo, iniciado em 1937, ocupou diversos postos importantes, dirigindo o Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda de São Paulo, o departamento cultural da Rádio Nacional e o jornal A Manhã, como porta-voz do governo.

Dom Sebastião Leme

Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra nasceu em Pinhal (SP), no dia 20 de janeiro de 1882.

Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra nasceu em Pinhal (SP), no dia 20 de janeiro de 1882. Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor Diocesano de São Paulo, e no ano seguinte, foi para a Itália concluir seus estudos. Em 1900 recebeu o título de doutor em filosofia e iniciou o curso de teologia. Cinco anos depois foi transferido para São Paulo sendo segundo-coadjutor da paróquia de Santa Cecília. Fundou a Gazeta do Povo, um jornal católico voltado para defesa da religião e do Clero. Em 1922 apoiou a iniciativa de Jackson de Figueiredo na criação do Centro Dom Vital. No mesmo, durante o movimento tenentista intercedeu aos pedidos de familiares junto ao Presidente Artur Bernardes para a anistia dos militares envolvidos no movimento. Foi figura significativa na Revolução de 1930, atuando como mediador entre o presidente Washington Luís e os militares que desejavam depô-lo. Ofereceu abrigo político para Washington Luís no palácio São Joaquim e negociou sua integridade física diante da junta governativa provisória. Assumiu uma posição de neutralidade em relação aos partidos e buscou apoio do novo regime. No ano de 1933 assumiu a direção da Liga Eleitoral Católica (LEC), uma associação civil criada para candidatos comprometidos com a doutrina social da Igreja. Em 1934 propôs ao Vaticano a criação da entidade religiosa Ação Católica Brasileira. Manteve uma postura neutra diante do golpe do Estado Novo.

Edgar Roquette Pinto

Edgar Roquette Pinto nasceu no Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1884. Formou-se em Medicina em 1905 pela Faculdade Nacional de Medicina.

Edgar Roquette Pinto nasceu no Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1884. Formou-se em Medicina em 1905 pela Faculdade Nacional de Medicina. Em 1911 participou do Primeiro Congresso Universal de Raças em Londres, e no ano seguinte fez parte da missão Rondon interagindo com populações indígenas nhambiquaras. Em 1917 seu diário de campo foi publicado com o título de Rondônia: Antropologia-Etnografia. Deu aula na Escola Normal do Rio de Janeiro em 1916 e, na Universidade Nacional do Assunção em 1920. Criou a primeira estação de rádio do país no ano de 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que posteriormente, em 1936, se transformou na Rádio Ministério da Educação. Três anos depois tornou-se diretor da Faculdade Nacional de Medicina, sendo em 1927 eleito para a cadeira n° 17 da Academia Brasileira de Letras. Em 1932 elaborou o Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). Participou do movimento eugênico brasileiro e em 1929 presidiu o I Congresso Brasileiro de Eugenia. No ano de 1937 dirigiu o Instituto Nacional de Cinema Educativo.

Edmundo de Macedo Soares e Silva

Edmundo de Macedo Soares e Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 1901. Era militar e ingressou na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, em 1918.

Edmundo de Macedo Soares e Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 1901. Era militar e ingressou na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, em 1918. Em 1922, participou das revoltas tenentistas, foi preso e conseguiu fugir da prisão, exilando-se na Europa. Formou-se em engenharia na França, tornando-se especialista em metalurgia. Recebeu a anistia em 1930 e retornou ao Brasil. Durante a década de 30 participou de vários debates sobre a siderurgia no Brasil e foi convidado pelo governo para dar pareceres e participar de reuniões sobre o assunto. Em janeiro de 1931, passou a integrar a Comissão Militar de Estudos Metalúrgicos. Em 1938, entregou um documento ao Conselho Técnico de Economia e Finanças que serviu como base para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, anos depois. No ano seguinte, Edmundo Macedo Soares esteve nos Estados Unidos negociando empréstimos junto ao Eximbank para a construção da siderúrgica. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) seria criada em abril de 1941. Como diretor técnico da empresa, Macedo Soares acompanhou desde então todas as etapas de construção da usina, que entrou em funcionamento em junho de 1946. Se tornou governador do Estado do Rio de Janeiro de 1947 até 1951. Em 1964, apoiou o golpe militar que afastou João Goulart da presidência da República.

Eduardo Gomes

Eduardo Gomes nasceu em Petrópolis (RJ), em 1896. Era militar e ingressou na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, em 1916. Participou das revoltas tenentistas de 1922.

Eduardo Gomes nasceu em Petrópolis (RJ), em 1896. Era militar e ingressou na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, em 1916. Participou das revoltas tenentistas de 1922. Em 1930, participou das conspirações que pretendiam tirar Washington Luís do poder. Participou da criação e da direção do Correio Aéreo Militar. Em novembro de 1935, Eduardo Gomes era comandante do 1º Regimento de Aviação e combateu o levante deflagrado contra o governo federal por setores da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Em 1937, pediu exoneração do cargo no regimento por se opor à decretação do Estado Novo. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, foi nomeado brigadeiro e no final do Estado Novo, logo após o fim das atividades da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, passou a se articular com setores de oposição liberal, que lançaram seu nome para as eleições presidenciais de 1945, pela União Democrática Nacional (UDN). Foi lançado à presidência em 1950, mas perdeu para Getúlio Vargas. Foi um dos principais articuladores do golpe militar de 1964, que promoveu a retirada de João Goulart da presidência.

Ernani Amaral Peixoto

Ernani Amaral Peixoto nasceu no Rio de Janeiro, em 1905. Em 1930, deu apoio à revolução que colocou Getúlio Vargas na presidência.

Ernani Amaral Peixoto nasceu no Rio de Janeiro, em 1905. Em 1930, deu apoio à revolução que colocou Getúlio Vargas na presidência. Logo após, entrou no Clube 3 de outubro, organização tenentista que buscava manter a coesão do movimento. Lutou como voluntário contra os constitucionalistas de São Paulo em 1932. No ano seguinte, Ernani foi nomeado ajudante-de-ordem da presidência da República e se filiou ao Partido Autonomista. Pouco antes da implantação do regime do Estado Novo, Amaral Peixoto foi nomeado interventor no Estado do Rio de Janeiro de 1937 até 1939. Em 1939, Ernani do Amaral Peixoto casou-se com a filha de Getúlio Vargas, Alzira Vargas, e se mudou para os Estados Unidos. Lá, manteve um importante contato com o presidente americano Franklin Roosevelt e começou a defender a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD) durante o processo de redemocratização do país e foi eleito deputado federal constituinte. De 1950 a 1954, foi eleito governador do Estado do Rio de Janeiro. Foi embaixador brasileiro nos EUA de 1956 a 1959 e posteriormente, no governo Juscelino Kubistcheck, foi Ministro da Viação e Obras Públicas. Em janeiro de 1961, foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Se manteve neutro em relação ao regime militar até 1965, quando se filiou ao partido de oposição, o MDB e foi eleito deputado em 1966 e senador anos mais tarde.

Eurico Gaspar Dutra

Eurico Gaspar Dutra nasceu em Cuiabá (MT), em 1883.

Eurico Gaspar Dutra nasceu em Cuiabá (MT), em 1883. Ingressou na academia militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (RJ), em 1904 e nesse mesmo ano participou da Revolta da Vacina contra o governo do presidente Rodrigues Alves. Durante a década de 20, esteve envolvido na repressão aos levantes tenentistas contra o governo federal em 1922 e 1924. Foi convidado para fazer parte da Revolução de 1930, mas preferiu manter-se ao lado das forças legalistas. Aproximou-se do governo Vargas a partir de 1932, quando teve importante participação no combate ao movimento constitucionalista em São Paulo. Dutra foi nomeado ministro da Guerra em 1936 e foi decisivo, junto com Vargas e com o general Góis Monteiro, para o endurecimento do regime, que levou à instauração da ditadura do Estado Novo, em 1937. Em 1946, após a queda do Estado Novo, Dutra foi eleito presidente pelo Partido Social Democrático (PSD) onde permaneceu até 1950.

Fernando de Sousa Costa

Fernando de Sousa Costa nasceu na cidade de São Paulo no dia 10 junho de 1886. Se formou como engenheiro agrônomo em 1907.

Fernando de Sousa Costa nasceu na cidade de São Paulo no dia 10 junho de 1886. Se formou como engenheiro agrônomo em 1907. Se elegeu prefeito de Piraçununga (SP) em 1912, cargo que permaneceu por 15 anos em sucessivas reeleições. Em 1919 candidatou-se à Câmara Estadual pelo Partido Republicano Paulista (PRP), entre 1920 e 1927 fez parte da Comissão de Obras Públicas, Viação e Aviação. Em 1927 foi indicado por Júlio Prestes de Albuquerque para Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio. Aderiu à Revolução Constitucionalista de 1932, mesmo possuindo simpatia por Vargas, e se desligou da Secretaria de Agricultura após a Revolução de 1930. Entre 1932 e 1937 se dedicou a direção de sua indústria têxtil em Piraçununga. Ainda em 1937 ocupou a presidência do Departamento Nacional do Café até o fim do ano. Com o Estado Novo, ainda em 1937 foi nomeado ministro da Agricultura. No ano seguinte criou o Instituto Nacional do Mate. Em 1939 promoveu a criação do Parque Nacional de Iguaçu, do Instituto Agronômico do Norte. Em 1940, como ministro da Agricultura institui o novo Código de Minas, modificando o criado em 1934. No ano seguinte, em junho de 1941, foi nomeado interventor federal em São Paulo. Em 1945 foi uma importante figura de apoio para a candidatura de Dutra.

Filinto Strubing Muller

Filinto Strubing Muller nasceu em Cuiabá (MT), em 1900. Era militar e ingressou na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro (RJ) em 1919.

Filinto Strubing Muller nasceu em Cuiabá (MT), em 1900. Era militar e ingressou na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro (RJ) em 1919. Após o fracasso do levante tenentista em 1922, Filinto foi preso e acusado de participar dos preparativos do movimento. Passou cinco meses na prisão e, em 1924, voltou a participar de um levante tenentista, mas desta vez em São Paulo. Em 1930, teve participação discreta no movimento que pôs fim à República do Café com Leite e que levou Getúlio Vargas ao poder. Foi chefe da polícia política de Vargas, durante o período do Estado Novo (1937-1946), foi responsável pela prisão de Luis Carlos Prestes e Olga Benário Prestes, organizadores da Revolução Comunista de 1935.

Francisco Antunes Maciel

Francisco Antunes Maciel Júnior era natural de Pelotas (RS). Segundo seus familiares, nasceu no dia 4 de maio de 1881, mas outras fontes indicam o ano de 1879.

Francisco Antunes Maciel Júnior era natural de Pelotas (RS). Segundo seus familiares, nasceu no dia 4 de maio de 1881, mas outras fontes indicam o ano de 1879. Em 1929, Antunes Maciel Júnior participou das negociações que levaram a criação da Frente Única Gaúcha, criada para dar apoio ao então candidato à presidência Getúlio Vargas. Com a derrota de Vargas para Júlio Prestes, participou da revolta armada de 1930 e logo após foi nomeado secretário da fazenda do Rio Grande do Sul. Durante a revolta paulista de 1932, que pretendia uma nova constituição, manteve-se fiel a Vargas e após a derrota do movimento constitucionalista, participou da fundação do Partido Republicano Liberal. Maciel foi nomeado ministro da justiça em 1934 e guiou a reconstitucionalização do Brasil àquela época. Em 1937, ao perceber quais rumos o governo Vargas estava tomando, se demitiu do cargo e só voltou a fazer parte do governo em 1953, quando foi escolhido para o cargo de diretor do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDE).

Francisco Luís da Silva Campos

Francisco Luís da Silva Campos nasceu em Dores do Indaiá (MG), em 1891. Francisco era advogado e formou-se pela Faculdade Livre de Direito de Belo Horizonte, em 1919.

Francisco Luís da Silva Campos nasceu em Dores do Indaiá (MG), em 1891. Francisco era advogado e formou-se pela Faculdade Livre de Direito de Belo Horizonte, em 1919. Iniciou sua carreira política elegendo-se deputado estadual em Minas Gerais na legenda do Partido Republicano Mineiro (PRM). Depois da posse de Antônio Carlos no governo de Minas Gerais, assumiu a secretaria de interior e promoveu uma grande reforma educacional no Estado. Em 1929, após o então presidente Washington Luís apoiar um candidato paulista para a presidência, ao invés de um mineiro como vinha sendo feito até o momento, Francisco Campos foi encarregado de negociar a articulação de uma candidatura oposicionista junto às forças políticas gaúchas. Com a derrota de Vargas nas eleições em 1930, participou das articulações que levaram ao movimento armado que pôs fim à República Velha e colocou Getúlio Vargas no poder. Com o novo regime, assumiu o recém-criado Ministério da Educação e Saúde e promoveu uma reforma no ensino secundário e universitário no país.

Francisco Negrão de Lima

Francisco Negrão de Lima nasceu em São João Nepomuceno (MG), em 1901. Se formou pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1924.

Francisco Negrão de Lima nasceu em São João Nepomuceno (MG), em 1901. Se formou pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1924. Além da advocacia, exerceu o jornalismo em Belo Horizonte na década de 1920. Apoiou a candidatura de Getúlio Vargas ao governo em 1930. Em 1933, Negrão de Lima elegeu-se deputado federal constituinte por Minas Gerais na legenda do Partido Progressista (PP). Com os planos continuístas de Vargas em 1937, Negrão de Lima ficou encarregado, sob ordem do governador mineiro Benedito Valadares, de sondar os governadores dos Estados do norte e nordeste sobre suas posições a respeito de um possível golpe de Getúlio Vargas. Tal medida ficou conhecida como “missão Negrão de Lima”. Em 1937, após instaurada a ditadura do Estado Novo, foi nomeado chefe de gabinete do novo ministro da Justiça, Francisco Campos. Em 1941, foi designado para dirigir a embaixada brasileira na Venezuela. De 1951 a 1953, durante o segundo governo Vargas, ocupou o Ministério da Justiça. Em 1965, já sob o regime militar, elegeu-se governador do estado da Guanabara pelo PSD.

Getúlio Dornelles Vargas

Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja (RS), em 1882. Era bacharel em direito pela Faculdade de Direito de Porto Alegre.

Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja (RS), em 1882. Era bacharel em direito pela Faculdade de Direito de Porto Alegre. Entre 1923 e 1926, elegeu-se deputado estadual, deputado federal e líder da bancada gaúcha pelo Partido Republicano Rio Grandense. Foi Ministro da Fazenda de Washington Luís de 1926 a 1927 e, nos anos seguintes até 1930, presidente do Rio Grande do Sul. Em 1929, candidatou-se a presidência da república pela Aliança Liberal, mas foi derrotado por Júlio Prestes. Com a derrota, chefiou o movimento revolucionário de 1930, através do qual assumiu em novembro deste mesmo ano o Governo Provisório. Durante este período, Vargas deu início à nomeação dos interventores para os governos estaduais, a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e a promulgação das primeiras leis trabalhistas. Em 1932, começou um movimento que buscava o fim do governo provisório e uma nova constituição, a chamada Revolução Constitucionalista aconteceu em São Paulo, quando o Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo uniram-se numa frente única e organizaram grande número de voluntários para luta armada contra o Governo Provisório. O término do movimento paulista marcou o início do processo de constitucionalização. Em novembro de 1933, instalou-se a Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela criação da nova Constituição. Em 1937, enquanto preparavam-se as eleições presidenciais para janeiro de 1938, foi denunciado pelo governo a existência de um suposto plano comunista, conhecido como Plano Cohen. Esse fato favoreceu a criação do Estado Novo. Com a instauração do Estado Novo, Getúlio Vargas determinou o fechamento de Congresso e criou uma nova Constituição, que lhe dava o controle dos poderes Legislativo e Judiciário. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil se manteve neutro até o momento em que foram bombardeados navios brasileiros pela Alemanha nazista. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi para guerra em 1944 e combateu na Itália. Com o término do conflito em 1945, as pressões em prol da redemocratização ficaram mais fortes e Getúlio foi deposto da presidência. Candidato à presidência da República pelo PTB, em 1950, Getúlio Vargas derrotou os candidatos, Eduardo Gomes (UDN) e Cristiano Machado (PSD), elegendo-se com 3.849.000 votos. Se suicidou em 1954.

Gilberto de Mello Freyre

Gilberto de Mello Freyre nasceu em Recife no dia 15 de março de 1900.

Gilberto de Mello Freyre nasceu em Recife no dia 15 de março de 1900. Tornou-se bacharel em ciências políticas e sociais pela Universidade de Baylor, no Texas em 1920 e fez pós-graduação em ciências políticas, jurídicas e sociais na Universidade de Columbia. Entre 1928 e 1930 foi pesquisador de Sociologia pela Escola Normal de Pernambuco. No ano de 1933 publicou Casa Grande e Senzala, sua maior obra. Em 1934 organizou o I Congresso Afro-Brasileiro de Escritores e no ano seguinte inaugurou as matérias de sociologia, antropologia social e cultural e pesquisa social na Universidade do Distrito Federal. Em 1942 se tornou membro dos conselhos da American Phisophical Association e de Archives de Philosophie du Droit et de Sociologie de Paris. Entre 1946 e 1951 foi deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN) por Pernambuco.

Graciliano Ramos de Oliveira

Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo (AL) em 27 de outubro de 1892. Em 1914 trabalhou como revisor dos jornais Correio da Manhã e A Tarde.

Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo (AL) em 27 de outubro de 1892. Em 1914 trabalhou como revisor dos jornais Correio da Manhã e A Tarde. Em outubro de 1927 foi eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios (AL). Três anos depois, em maio de1930, assumiu a direção da Imprensa Oficial e da Instrução Pública do Estado. Em 1935 foi preso sob acusação de participar de movimentos de esquerda após o Levante Comunista, ocorrido no mesmo ano. Foi libertado em janeiro de 1937. No ano seguinte, em 1938, publicou sua obra mais popular Vidas Secas. Em 1945 aderiu ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e em abril de 1951 foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores.

Guilherme Guinle

Guilherme Guinle nasceu no Rio de Janeiro, em 1882. Era engenheiro civil e empresário, formou-se pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1905.

Guilherme Guinle nasceu no Rio de Janeiro, em 1882. Era engenheiro civil e empresário, formou-se pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1905. Após formar-se, fixou-se por algum tempo na Bahia e envolveu-se na construção de usinas hidrelétricas. Entre 1931 e 1936, fez parte da direção do Centro Industrial Brasileiro (CIB), posteriormente rebatizado como Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJ). Durante o Estado Novo, foi vice-presidente do Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda. Nesse órgão, manifestou-se contrário à participação de capitais estrangeiros na exploração das riquezas minerais brasileiras e defendeu a montagem de uma grande empresa estatal no setor siderúrgico. Em 1940, foi nomeado por Getúlio Vargas presidente da recém-criada Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional. Em 1941, ficou decidida a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que seria construída em Volta Redonda (RJ). Guinle foi, então, escolhido por Vargas para presidir a CSN.

Gustavo Barroso

Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso nasceu em Fortaleza no dia 29 de dezembro de 1888. Se formou em 1910, em direito, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.

Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso nasceu em Fortaleza no dia 29 de dezembro de 1888. Se formou em 1910, em direito, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Em 1913 foi nomeado secretário-geral da superintendência de Defesa da Borracha. No ano seguinte assumiu a Secretaria de Interior e Justiça do Ceará. Em 1922 foi o primeiro diretor do Museu Histórico Nacional. Dirigiu a Academia Brasileira de Letras entre 1931 e 1932. Em 1933 integrou à Ação Integralista Brasileira (AIB) e apoiou o golpe do Estado Novo. Mas, em 1938, participou do Levante Integralista contra Getúlio Vargas. Após o fechamento do partido. Foi preso no dia 12 de maio de 1938 e posteriormente solto por falta de provas.

Gustavo Capanema

Gustavo Capanema Filho nasceu em Pitangui (MG), em 1900. Formou-se pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, em 1923. Em 1927 iniciou sua vida política ao eleger-se vereador em sua cidade natal.

Gustavo Capanema Filho nasceu em Pitangui (MG), em 1900. Formou-se pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, em 1923. Em 1927 iniciou sua vida política ao eleger-se vereador em sua cidade natal. Nas eleições presidenciais realizadas em março de 1930 apoiou a candidatura presidencial de Getúlio Vargas, lançado pela Aliança Liberal.  No entanto, Vargas foi derrotado pelo paulista Júlio Prestes, nessa mesma ocasião seu primo Olegário Maciel elegeu-se para o governo de Minas. Após a posse de Olegário, Capanema foi imediatamente nomeado seu oficial-de-gabinete e, logo em seguida, secretário do Interior e Justiça. Apoiou o movimento revolucionário que depôs o presidente Washington Luís, que conduziu Vargas ao poder em novembro de 1930. Em 1933, com a morte de Olegário Maciel, Capanema assumiu interinamente a interventoria federal em Minas. Em 1934, Capanema foi designado pelo presidente Vargas para dirigir o Ministério da Educação e Saúde. Permaneceu no cargo até 1945.

Heitor Villa Lobos

Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, em 1887. Aprendeu a tocar violoncelo aos seis anos de idade com o pai, que era um músico amador.

Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, em 1887. Aprendeu a tocar violoncelo aos seis anos de idade com o pai, que era um músico amador. Chegou a residir com a família no interior do estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, entrando em contato com as modas caipiras e tocadores de viola. Em 1905, começa a percorrer o Brasil e a se familiarizar com a música popular. Fez sua estreia como compositor numa série de concertos na então capital federal. A partir de 1922, seu trabalho se aproximou da temática nacionalista e modernista. Após uma passagem pela Europa, Villa-Lobos retorna ao Brasil em 1930 e dois anos depois, a convite do secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, introduz o ensino de música e canto coral nas escolas públicas. Durante o Estado Novo (1937-1945), organizou, com o apoio do presidente Getúlio Vargas, grandiosas concentrações orfeônicas que chegaram a reunir cerca de 40 mil escolares. Suas peças eram utilizadas como forma de propaganda do regime. Em 1944, o compositor realiza uma turnê pelos Estados Unidos, como parte da chamada “política da boa vizinhança” praticada pelo presidente Franklin Roosevelt, no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Herculino Cascardo

Herculino Cascardo nasceu no Rio de Janeiro, em 1900. Era militar e ingressou na Escola Naval no Rio de Janeiro em 1915. Em 1930, participou do movimento revolucionário que depôs Washington Luís.

Herculino Cascardo nasceu no Rio de Janeiro, em 1900. Era militar e ingressou na Escola Naval no Rio de Janeiro em 1915. Em 1930, participou do movimento revolucionário que depôs Washington Luís. Empossado o novo governo, participou, em 1931, da fundação do Clube 3 de Outubro, agremiação que pretendia conferir maior coesão política aos tenentes revolucionários. Em 1932, combateu a Revolta Constitucionalista deflagrada em São Paulo contra o governo federal. Foi convidado a ingressar na Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política de caráter comunista que então se formava. No mês de março, foi eleito presidente nacional da entidade. Com o fim da ditadura do Estado Novo, em 1945, participou da fundação da Esquerda Democrática e se vinculou a União Democrática Nacional (UDN).

Inácio Manuel Azevedo do Amaral

Inácio Manuel Azevedo do Amaral nasceu no Rio de Janeiro em 13 de abril de 1883. Foi irmão de Antônio José Azevedo do Amaral, uma das principais figuras do pensamento conservador no Brasil.

Inácio Manuel Azevedo do Amaral nasceu no Rio de Janeiro em 13 de abril de 1883. Foi irmão de Antônio José Azevedo do Amaral, uma das principais figuras do pensamento conservador no Brasil. Como oficial da Marinha, em 1912 lecionou a cadeira de geometria e cálculo infinitesimal na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Dois anos depois foi professor de matemática no Colégio Pedro II. Em 1916 lecionou engenharia na Escola Normal do Distrito Federal e entre 1917 e 1920 dirigiu a instituição. Em 1925 foi nomeado fiscal do governo federal na Escola da Marinha Mercante, no mesmo ano tornou-se presidente do Instituto Técnico Naval. Em 1926 vira professor de geografia analítica e cálculo infinitesimal na Escola Politécnica. Se tornou Chefe do Departamento de Ensino do Armamento da Escola Naval em 1931. Foi diretor do Escritório do Plano da Universidade do Brasil em 1935, integrando dois anos depois o Conselho Nacional de Educação. Entre 1941 e 1942 foi membro do conselho técnico administrativo da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil.

Isidoro Dias Lopes

Isidoro Dias Lopes nasceu em Dom Pedrito (RS), em 1865. Era militar e em 1893, abandonou o Exército para participar da Revolução Federalista contra o governo de Floriano Peixoto.

Isidoro Dias Lopes nasceu em Dom Pedrito (RS), em 1865. Era militar e em 1893, abandonou o Exército para participar da Revolução Federalista contra o governo de Floriano Peixoto. Com a derrota dos federalistas, exilou-se em Paris, em 1895. Foi anistiado e retornou ao Brasil no ano seguinte. Em 1923, já como general reformado e residindo em São Paulo, deu início às articulações contra o governo de Artur Bernardes. No ano seguinte, foi escolhido pelos conspiradores como o líder do movimento. Em 1930, com a derrota eleitoral da Aliança Liberal, Isidoro declarou apoio ao movimento que queria colocar Getúlio Vargas no poder através das armas. Seu nome foi cogitado para assumir a chefia militar da revolução, mas o general Góes Monteiro acabou sendo escolhido. Porém, logo nos primeiros meses do novo governo começou a se indispor com Vargas em torno da questão do comando político do estado de São Paulo. Com isso, participou das articulações da Revolta Constitucionalista de 1932 que queria a volta da constituição. Com a derrota foi deportado para Portugal. Em 1937, já afastado das disputas políticas, criticou o golpe de Vargas que instaurou a ditadura do Estado Novo.

Jackson de Figueiredo Martins

Jackson de Figueiredo Martins nasceu em Aracaju, em 1891. Era bacharel em direito, mas se dedicou à política e ao jornalismo.

Jackson de Figueiredo Martins nasceu em Aracaju, em 1891. Era bacharel em direito, mas se dedicou à política e ao jornalismo. Seu nome é referência na história do catolicismo brasileiro como organizador do movimento católico leigo. Entre 1921 e 1922, fundou o Centro Dom Vital e a revista A Ordem, através dos quais combateu o comunismo e o liberalismo. Em 1921 defendeu a candidatura de Artur Bernardes, identificando-o com seus princípios de autoridade, religião e ordem.

João Alberto Lins de Barros

João Alberto Lins de Barros nasceu em Recife (PE), em 1897. Era militar, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro (RJ), em 1919.

João Alberto Lins de Barros nasceu em Recife (PE), em 1897. Era militar, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro (RJ), em 1919. Participou da preparação do levante tenentista de 1922. Com a derrota de Vargas nas eleições de 1930, passou a dedicar-se à preparação do movimento revolucionário que derrubou o presidente Washington Luís. Após a instalação do novo regime, foi nomeado por Vargas delegado militar da revolução e, posteriormente, interventor federal no estado de São Paulo. Foi membro do Clube 3 de Outubro, agremiação que visava oferecer maior consistência à atuação política dos "tenentes" revolucionários. Recusou convite feito por Luís Carlos Prestes para ingressar na Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política de esquerda. Entre 1941 e 1942, exerceu o cargo de embaixador do Brasil no Canadá. Em março de 1945, foi designado novamente para a chefia de polícia do Distrito Federal. Em 1947, elegeu-se vereador no Distrito Federal, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

João Batista Mascarenhas de Morais

João Batista Mascarenhas de Morais nasceu em São Gabriel (RS) no dia 13 de novembro de 1883. Entre 1899 e 1902 cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (RJ).

João Batista Mascarenhas de Morais nasceu em São Gabriel (RS) no dia 13 de novembro de 1883. Entre 1899 e 1902 cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (RJ). Em 1922 combateu na Revolta dos 18 do Forte de Copacabana ao lado dos legalistas. Durante a Revolução de 1930 foi preso 38 dias por apoiadores de Getúlio Vargas, por se posicionar a favor da permanência de Washington Luís na presidência. Apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932 sendo preso em julho e liberado em outubro. Combateu o Levante Comunista de 1935 servindo à Escola Militar de Realengo. No Estado Novo, em 1937, se tornou general. Em 1943 foi nomeado comandante da 1° Divisão de Infantaria Expedicionária, assumindo o comando da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Comandou as forças brasileiras na Segunda Guerra Mundial enfrentando as forças do Eixo até sua rendição em maio de 1945. Em 1946 foi promovido a Marechal. Em 1953 foi nomeado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, deixando o cargo após o suicídio de Vargas.

João Cabanas

João Cabanas nasceu na cidade de São Paulo (SP) no dia 29 de junho de 1895. Cursou a Faculdade de Direito e Escola dos Oficiais da Força Pública em São Paulo.

João Cabanas nasceu na cidade de São Paulo (SP) no dia 29 de junho de 1895. Cursou a Faculdade de Direito e Escola dos Oficiais da Força Pública em São Paulo. Participou do movimento tenentista de 1924, contrário ao governo do presidente Artur Bernardes. Ainda em 1924 comandou a Coluna da Morte, um destacamento de revoltosos da Revolta Paulista de 1924, que fez resistência às forças federais no interior de São Paulo. Devido sua atuação na década de 1920, algumas histórias fantasiosas sobre ter poderes sobre-humanos foram criadas ao seu respeito. Em reação, ainda em 1924, o governo ofereceu quinhentos contos por sua captura, o que o fez se exilar. Após a Revolução de 1930 retornou ao Brasil e integrou uma comissão de estudos de economia política, sendo selecionado por Getúlio Vargas. Em 1935 assumiu oposição à Vargas assinando a ata de fundação da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Entre 1949 e 1950 integrou o conselho consultivo do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (CEDPEN). No mesmo ano, candidatou-se à deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e apoiou a candidatura de Vargas à presidência.

João Carlos Muniz

João Carlos Muniz nasceu em Cuiabá (MT) no dia 31 de março de 1893. Em 1915 se formou pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro em ciências jurídicas e sociais.

João Carlos Muniz nasceu em Cuiabá (MT) no dia 31 de março de 1893. Em 1915 se formou pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro em ciências jurídicas e sociais. Entre 1918 e 1926 foi vice-cônsul em Nova Iorque, durante este período, se tornou doutor em ciências jurídicas na Universidade de Nova Iorque e representou o Brasil na Conferência da União Interparlamentar. Em 1928 representou o Brasil na Conferência Internacional Americana em Havana, Cuba. Assumiu o cargo de cônsul-geral, e se tornou conselheiro comercial da embaixada brasileira em Washington no ano de 1934. No ano de 1938, durante o Estado Novo exerceu o cargo de chefe do gabinete do ministro das Relações Exteriores, Osvaldo Aranha, no mesmo ano foi designado presidente do Conselho de Imigração e Colonização, até 1941. Entre 1945 e 1946 serviu como secretário-geral do Itamarati. Três anos depois se tornou representante permanente do Brasil junto à União Pan-Americana em Washington, no mesmo ano foi delegado permanente da Organização das Nações Unidas (ONU) até 1953. Ainda neste ano foi nomeado embaixador do Brasil nos Estados Unidos, em Washington. Entre 1956 e 1958 transferiu-se para Buenos Aires permanecendo embaixador do Brasil, agora na Argentina.

João Goulart

João Belchior Marques Goulart, conhecido como Jango, nasceu em São Borja (RS), em março de 1919.

João Belchior Marques Goulart, conhecido como Jango, nasceu em São Borja (RS), em março de 1919. Formado em Direito no ano de 1939, não quis exercer a profissão e retornou ao Rio Grande do Sul, onde se aproxima de Getúlio Vargas. Getúlio começa a introduzir Jango na política, ao perceber sua popularidade no município, e o lança candidato a deputado estadual, cargo que exerce entre 1946 e 1950. Depois se torna deputado federal e em 1953 é nomeado Ministro do Trabalho, já no ano seguinte começa os estudos para a apresentação no Congresso de um projeto para a duplicação do salário mínimo. Devido à oposição que o projeto sofreu, foi exonerado. Jango, também, foi eleito por duas vezes vice-presidente, inicialmente na chapa de Juscelino Kubitschek (PSD), e nas eleições de 1960, como vice de Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio, poucos meses após assumir o cargo, caberia a João Goulart assumir a presidência. Contudo, essa possibilidade gerou uma crise no país, pois os ministros militares, formaram uma junta para impedir sua posse, com a alegação de que ele era uma ameaça à ordem e às instituições. Jango finalmente assume a presidência no dia 7 de setembro de 1961. Entre os pontos centrais do seu programa de governo estavam a defesa de ajustes salariais periódicos e de acordo com a inflação, a adoção de uma política externa independente, e as chamadas reformas de base, destacando-se a reforma agrária. Após a vitória do presidencialismo, em plebiscito que decidiu a forma de governo a ser adotada, no ano de 1963, João Goulart saiu com os poderes fortalecidos, porém ainda tinha que lidar com uma crise econômica que aumentava as taxas de inflação. Temerosos das atitudes de Goulart, que se aproximava mais de setores à esquerda em busca de apoio político, forças militares passaram a articular a deposição do presidente, até que na madrugada do dia 31 de março de 1964, o golpe é realizado com o envio de tropas de Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Jango vai para o Rio Grande do Sul com o intuito de organizar a resistência, mas reconhecendo que a tentativa de se manter na presidência poderia desencadear uma guerra civil, decide ir para o Uruguai em busca de asilo político.

João Mangabeira

João Mangabeira nasceu em Salvador (BA) no dia 26 de junho de 1880.

João Mangabeira nasceu em Salvador (BA) no dia 26 de junho de 1880. Em 1896, enquanto cursava a Faculdade de Direito de Salvador, eclodiu a Guerra de Canudos, em decorrência da repressão do Exército a uma comunidade guiado por um líder religioso, que muitos acreditavam que defendia a volta da monarquia. Então Mangabeira redigiu um manifesto em nome dos acadêmicos baianos repudiando as ações das Forças Armadas na Guerra de Canudos. Fundador do jornal A Luta, um jornal de oposição aos políticos do município de Ilhéus, foi prefeito de Ilhéus entre 1907 e 1911. Em março de 1909 foi eleito deputado federal pela Bahia, até 1911. Três anos depois candidatou-se novamente à Câmara dos deputados e foi eleito. Em 1915 junto com Rui Barbosa aderiu a uma campanha exigindo uma posição do governo brasileiro em relação a Primeira Guerra Mundial. Se opôs, em 1917, a solicitação do governo para decretar estado de sítio devido ao confronto mundial. Foi relator, ainda em 1917, da Comissão Especial Organizadora do Colégio Penal Militar. Em 1926 defendeu a anistia aos revolucionários da Coluna Prestes, e apoiou a candidatura de Júlio Prestes. Em 1932, apoiou a Revolução Constitucionalista, ainda em 1932 foi nomeado para Subcomissão do Itamarati para elaborar um anteprojeto de Constituição, e teve um papel essencial na elaboração. Integrou em novembro de 1935 o Grupo Parlamentar Pró-Liberdades Populares, grupo contrário a primeira Lei de Segurança Nacional. Como deputado federal votou contra a decretação do estado de sítio após o Levante Comunista de 1935 e impetrou um pedido de habeas corpus para seu filho, Francisco Mangabeira, preso devido ao levante. Em março de 1936 foi preso acusado de atuar, como deputado, a serviço de Luís Carlos Prestes (líder da Aliança Nacional Libertadora) e solto apenas em junho do ano seguinte. Com o Estado Novo perdeu seu mandato e se refugiou na embaixada da Colômbia. Foi um dos delegados do I Congresso Brasileiro de Escritores em 1942, na Bahia.

Joaquim Maurício Cardoso

Joaquim Maurício Cardoso nasceu em Soledade (RS), em 1888. Era advogado, cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, por onde se diplomou em 1908.

Joaquim Maurício Cardoso nasceu em Soledade (RS), em 1888. Era advogado, cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, por onde se diplomou em 1908. Elegeu-se deputado estadual em 1913 pelo Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Permaneceu afastado da vida política até 1927, quando Getúlio Vargas assumiu a presidência do Rio Grande do Sul. Em 1929, participou da formação da Aliança Liberal e após a derrota da mesma foi um dos principais articuladores da Revolução de 1930. Em dezembro de 1931, assumiu o Ministério da Justiça. Apesar de defensor da constitucionalização do país, evitou dar apoio aberto à Revolução Constitucionalista deflagrada em São Paulo, em julho de 1932.  Em 1934, com o término dos trabalhos de elaboração da Constituição Federal, elegeu-se deputado à Constituinte estadual gaúcha.

Joaquim Pedro Salgado Filho

Joaquim Pedro Salgado Filho nasceu em Porto Alegre (RS) no dia 2 de julho de 1888.

Joaquim Pedro Salgado Filho nasceu em Porto Alegre (RS) no dia 2 de julho de 1888. Em 1908 se formou na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro e ingressou ao 1° Batalhão de Infantaria, também no Rio de Janeiro. Em 1917 foi nomeado suplente de juiz na 2ª Pretoria Criminal, exercendo o cargo até 1922. Apoiou a Revolução de 1930 e foi nomeado em novembro do mesmo ano quarto-delegado auxiliar da Polícia de Distrito Federal, assumindo a chefia da Polícia em 1931. Em abril de 1932 foi nomeado ministro do Trabalho, Indústria e Comércio substituindo Lindolfo Collor, ainda entre 1932 e 1934 estabeleceu várias modificações no seguro social brasileiro. Em junho de 1934 se elegeu deputado federal, assumindo o cargo no ano seguinte, durante seu mandato, foi contrário à proposta de adesão de um regime parlamentarista. Em junho de 1936 foi nomeado chefe da missão econômica brasileira no Japão. Dois anos depois foi nomeado presidente da Comissão-Especial da Legislação Social, e logo em seguida, dois meses depois assumiu o cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar (STM) até 1941. Durante a Segunda Guerra Mundial, ainda em 1941, foi nomeado Ministro da Aeronáutica, cargo que permaneceu até 1945. Em janeiro de 1947 foi eleito senador pelo estado do Rio Grande do Sul pelo Partido Trabalhista Brasileiro, em junho do ano seguinte foi eleito vice-presidente do partido. Morreu em julho de 1950 em um acidente de avião, enquanto articulava com outros partidos sobre a candidatura de Getúlio Vargas.

José Américo de Almeida

José Américo de Almeida nasceu em Areia (PB), em 1887. Era advogado, se graduou pela Faculdade de Direito de Recife em 1908.

José Américo de Almeida nasceu em Areia (PB), em 1887. Era advogado, se graduou pela Faculdade de Direito de Recife em 1908. Em 1911, foi nomeado promotor-geral do estado da Paraíba, cargo que ocupou até 1922. Apoiou a candidatura oposicionista de Getúlio Vargas ao governo federal em 1930, mas, poucos dias antes das eleições, ocorreu a chamada Revolta de Princesa, movimento contrário ao governo da Paraíba de João Pessoa. José Américo, até então secretário do interior do governo da paraíba, foi deslocado para a Secretaria de Segurança, participando pessoalmente da repressão à rebelião. Participou das articulações do movimento revolucionário que levaria à deposição do presidente Washington Luís. Participou ativamente da formação do Clube 3 de Outubro, organização que buscava dar coesão aos revolucionários que defendiam o ideário tenentista. Combateu a Revolta Constitucionalista em 1932. Em 1934, se elegeu senador pela Paraíba. Já no ano seguinte, renunciou ao seu mandato para ocupar, por indicação de Vargas, o posto de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Durante o Estado Novo, se afastou de Vargas, porém, se manteve no TCU. Em janeiro de 1947, deixou o TCU ao eleger-se senador por seu estado natal.

José Antônio Flores da Cunha

José Antônio Flores da Cunha nasceu em Santana do Livramento (RS), em 1880. Era advogado e estudou nas faculdades de direito do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP), diplomou-se em 1902.

José Antônio Flores da Cunha nasceu em Santana do Livramento (RS), em 1880. Era advogado e estudou nas faculdades de direito do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP), diplomou-se em 1902. Pelo Partido Republicano Riograndense (PRR), iniciou sua carreira política em 1909 como deputado estadual e, em 1912, assumiu o cargo de deputado federal. Já em 1930, apoiou ativamente a candidatura de Getúlio Vargas à presidência e participou das conspirações que levaram a revolução de 1930. Após a vitória do movimento revolucionário, foi nomeado interventor federal no Rio Grande do Sul, permanecendo lá até 1937. Flores da Cunha era defensor do federalismo, por isso, após 1935, começou a se distanciar do governo Vargas e, em 1937, quando instaurado o Estado Novo, exilou-se no Uruguai. Voltou ao Brasil cinco anos depois, quando cumpriu pena de nove meses no presídio da Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ). Em 1945, participou da fundação da União Democrática Nacional (UDN), legenda pela qual elegeu-se deputado constituinte em 1945.

José Lins do Rêgo

José Lins do Rêgo nasceu em Pilar (PA) no dia 3 de julho de 1901. Em 1920 cursou a faculdade de direito do Recife.

José Lins do Rêgo nasceu em Pilar (PA) no dia 3 de julho de 1901. Em 1920 cursou a faculdade de direito do Recife. Cinco anos depois exerceu o cargo de promotor público de Manhuaçu, em Minas Gerais, e em 1926 se mudou para Maceió (AL). Trabalhou como fiscal de bancos e fiscal de consumo entre 1930 e 1935. Se tornou colaborador do Jornal de Alagoas e em 1932 publicou o livro Menino do Engenho, conquistando com ele, o prêmio da Fundação Graça Aranha. Em 1935 voltou a exercer cargo de fiscal, agora do imposto de consumo no Rio de Janeiro, enquanto colaborava escrevendo em jornais e periódicos. Conquistou o prêmio Felipe d’Oliveira, pelo romance Água-mãe em 1941 e o prêmio Fábio Prado pelo conto Eurídice, seis anos depois. Foi secretário geral da Confederação Brasileira de Desportos de 1942 a 1954. Em 1956 tornou-se sucessor de Austregésilo de Athayde na cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras.

Juarez do Nascimento Fernandes Távora

Juarez do Nascimento Fernandes Távora nasceu no município de Jaguaribe (CE), em 1898. Era militar e cursou a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro.

Juarez do Nascimento Fernandes Távora nasceu no município de Jaguaribe (CE), em 1898. Era militar e cursou a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1922, participou do levante armado contra o governo federal, tendo sido preso nessa ocasião. Em 1930, foi para o Nordeste preparar naquela região o movimento para tirar Washington Luís do poder. Quando começou o movimento, Juarez Távora assumiu o posto de comandante militar do movimento revolucionário no Nordeste. Participou da fundação do Clube 3 de Outubro, agremiação que buscava conferir maior coesão à atuação dos "tenentes" revolucionários. Em 1932, foi nomeado para o Ministério da Agricultura. Assim que a nova constituição foi criada em 1934, retomou sua carreira militar. Em 1936, ingressou na Escola de Estado-Maior do Exército, concluindo seu curso em 1938. Em 1945, voltou às atividades políticas filiando-se à União Democrática Nacional (UDN), partido que reunia pessoas contrárias à ditadura do Estado Novo. Em 1946 atingiu a patente de general. Em 1962, elegeu-se deputado federal pelo estado da Guanabara na legenda do Partido Democrata Cristão (PDC).

Júlio Caetano Horta Barbosa

Júlio Caetano Horta Barbosa nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1881. Em 1932, combateu o movimento constitucionalista paulista contra o governo de Getúlio Vargas.

Júlio Caetano Horta Barbosa nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1881. Em 1932, combateu o movimento constitucionalista paulista contra o governo de Getúlio Vargas. No ano seguinte se tornou general. Assumiu, em 1936, o comando do clube militar onde permaneceu por um ano. Em 1943, durante a ditadura do Estado Novo, participou da fundação da Sociedade Amigos da América, que tinha como intenção a defesa da democracia e o alinhamento externo do Brasil aos Estados Unidos. Em maio de 1950, em um contexto de acirrados debates em torno da questão do petróleo, elegeu-se vice-presidente do Clube Militar na chapa encabeçada pelo general Estillac Leal.

Júlio Prestes de Albuquerque

Júlio Prestes de Albuquerque nasceu em Itapetininga (SP), em 1882. Seu pai, o coronel Fernando Prestes de Albuquerque, foi presidente de São Paulo entre 1898 e 1900.

Júlio Prestes de Albuquerque nasceu em Itapetininga (SP), em 1882. Seu pai, o coronel Fernando Prestes de Albuquerque, foi presidente de São Paulo entre 1898 e 1900. Júlio era advogado, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1906. Iniciou sua carreira política em 1909, elegendo-se deputado estadual em São Paulo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Em 1924, foi eleito para a Câmara Federal e assumiu a liderança da bancada paulista. Em 1927, foi eleito presidente de São Paulo e dois anos depois, em 1929, foi indicado por Washington Luís, para presidente do Brasil. Foi eleito por voto, mas não assumiu o governo devido a revolta armada articulada pela aliança liberal composta por membros dos governos da Paraíba, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. O governo foi entregue à Getúlio Vargas. Júlio Prestes só voltou à cena política em 1945. Foi fundador da União Democrática Nacional (UDN) e membro da comissão diretora desse partido.

Juraci Montenegro Magalhães

Juraci Montenegro Magalhães nasceu em Fortaleza (CE), em 1905. Em 1923, matriculou-se na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro.

Juraci Montenegro Magalhães nasceu em Fortaleza (CE), em 1905. Em 1923, matriculou-se na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1930, deu abrigo a Juarez Távora, designado comandante militar da Revolução de 1930 no Nordeste. Foi nomeado por Vargas interventor federal na Bahia em 1931, nesse estado a revolução não era muito bem vista. Em 1932, Magalhães reprimiu manifestações que apoiavam a Revolta Constitucionalista de São Paulo. Em 1933, fundou o Partido Social Democrático (PSD) da Bahia e se tornou governador constitucional dois anos depois. Não concordava com o projeto continuísta de Vargas e por isso tentou articular uma forma do presidente não continuar ao término do mandato. Quando foi instaurada a Ditadura do Estado Novo, pediu demissão do governo da Bahia e voltou ao Exército. Voltou a ter participação política apenas em 1945, se mantendo em contato com oposicionistas do Estado Novo. Apoiou a fracassada candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à presidência em 1945. Em 1957, se tornou presidente nacional da União Democrática Nacional (UDN). Voltou ao governo da Bahia em 1959.

Leolinda de Figueirdo Daltro

Leolinda de Figueirdo Daltro nasceu em Nazé (BA), possivelmente, no dia 14 de julho de 1860.

Leolinda de Figueirdo Daltro nasceu em Nazé (BA), possivelmente, no dia 14 de julho de 1860. Entre 1856 e 1857 percorreu o interior do país disseminando a ideia de que os indígenas deveriam ser incorporados a sociedade brasileira fornecendo uma alfabetização laica e atuando como educadora dos mesmos. Em 1909 ganhou o “apelido” de mulher do diabo por suas posições políticas, e no ano seguinte fundou o Partido Republicano Feminino (PRF), juntamente com Gilka Machada, poetisa e uma das primeiras mulheres a escrever poesias eróticas no Brasil. Em novembro de 1917 levou junto com o PRF aproximadamente 90 mulheres a favor do sufrágio universal para ruas do Rio de Janeiro. Foi amiga da ativista Orsina Fonseca, a qual criou conjuntamente a Linha de Tiro Orsina Fonseca, um instituto que dava treinamento com armas de fogo para mulheres. Em 1919, militou para que seu projeto de lei do sufrágio feminino fosse aprovado, ainda neste ano lançou sua candidatura à Intendência Municipal do Distrito Federal, equivalente ao cargo de prefeito. Um ano depois, em 1920, publicou o livro Da catequese dos índios do Brasil - Notícias e documentos para a História. Apoiou em 1932 a instituição do voto feminino.

Lindolfo Leopoldo Boekel Collor

Lindolfo Leopoldo Boekel Collor nasceu em São Leopoldo (RS), em 1890. Era farmacêutico de formação, mas trabalhava na imprensa.

Lindolfo Leopoldo Boekel Collor nasceu em São Leopoldo (RS), em 1890. Era farmacêutico de formação, mas trabalhava na imprensa. Em 1919, começou a dirigir A Federação, órgão oficial do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Foi articulador da chapa oposicionista da Aliança Liberal, que lançou o nome de Getúlio Vargas para as eleições presidenciais de 1930. Redigiu o manifesto da Aliança e dirigiu o jornal A Pátria, porta-voz oficial da coligação. Com a derrota eleitoral de Vargas, teve participação importante nos preparativos revolucionários. Se tornou ministro do Trabalho, Indústria e Comércio quando Getúlio Vargas foi empossado. Se demitiu do ministério em 1932 e participou da Revolta Constitucionalista. Foi preso em 1938 acusado de conspirar contra o governo e, ao ser anistiado, se exilou na França e em Portugal. Seu neto, Fernando Collor de Melo, foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992.

Lourival Fontes

Lourival Fontes nasceu em Riachão do Dantas (SE), em 1899. Era jornalista, trabalhou em vários jornais de Sergipe e da Bahia.

Lourival Fontes nasceu em Riachão do Dantas (SE), em 1899. Era jornalista, trabalhou em vários jornais de Sergipe e da Bahia. Apoiava a Aliança Liberal, coligação oposicionista que disputou a presidência da República em 1930. Em 1931, fundou e dirigiu, no Rio de Janeiro, as revistas Política e Hierarquia, foi nomeado funcionário da Prefeitura do Distrito Federal e oficial de gabinete do prefeito. Em 1932, foi diretor da Secretaria do Gabinete da Prefeitura, dirigindo o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC) entre 1934 e 1937. No ano seguinte o DPDC transformou-se no Departamento Nacional de Propaganda (DNP) e em 1939 no Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Lourival Fontes permaneceu à frente do órgão até 1942. Em 1950, participou ativamente da campanha de Getúlio Vargas para as eleições presidenciais de outubro. Vitorioso, Vargas nomeou-o para a chefia do Gabinete Civil da Presidência da República. Em 1954, se elegeu senador.

Lúcio Ribeiro da Costa

Lúcio Ribeiro da Costa nasceu em Toulon, na França, em 1902. Em 1923, se formou em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes. Após a revolução de 1930 foi nomeado diretor da Escola.

Lúcio Ribeiro da Costa nasceu em Toulon, na França, em 1902. Em 1923, se formou em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes. Após a revolução de 1930 foi nomeado diretor da Escola. Teve participação fundamental na construção do prédio do ministério da educação de 1936 a 1939. Apesar de não ter uma produção arquitetônica grandiosa como a de Oscar Niemeyer, por exemplo, Lúcio Costa pode ser considerado o principal expoente do movimento moderno da arquitetura no Brasil. Entre suas obras destacam-se o conjunto de três prédios de apartamentos do Parque Guinle (1948 e 1950); o anteprojeto da Casa do Brasil na Cidade Universitária de Paris (1953); a sede social do Jockey Club no centro do Rio (1956) e o Banco Aliança (1956), além do Plano Diretor da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro (1969).

Luís Carlos Prestes

Luís Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre (RS), em 1898. Concluiu o curso de engenharia na Escola Militar do Realengo em 1919.

Luís Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre (RS), em 1898. Concluiu o curso de engenharia na Escola Militar do Realengo em 1919. Em 1922, participou das preparações para o levante contra o governo federal que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas. Se comprometeu com o movimento revolucionário de 1924, que queria retirar o presidente Artur Bernardes do poder. Participou da chamada Coluna Prestes que percorreu cerca de 25 mil quilômetros pelo interior do Brasil visando a derrubada do governo federal. Em 1928, mudou-se para a Argentina, onde trabalhou como engenheiro. Nessa época, estudou o marxismo e aderiu ao socialismo, travando contato com importantes líderes comunistas. Em novembro de 1931, foi morar na União Soviética a convite do governo do país. Com a missão de promover uma revolta comunista no Brasil, Prestes deixa a Rússia ao lado de Olga Benário, com quem se casou. Em 1935, Prestes funda a Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política que aglutinava personalidades decepcionadas com o governo Vargas, entre eles, socialistas e comunistas. A insurreição promovida pela ANL teve início na cidade de Natal (RN), logo seguida por guarnições do Exército em Recife (PE) e no Distrito Federal. Em 1936, Prestes e Olga Benário foram presos. Meses depois, Olga, grávida, foi entregue pelas autoridades brasileiras ao regime nazista da Alemanha, onde morreu em um campo de concentração. A filha do casal, Anita Leocádia Prestes, nascida em um campo de concentração nazista, acabou sendo resgatada por sua avó paterna, após intensa campanha internacional. Em 1943, ainda na prisão, foi eleito secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Com a redemocratização do país em 1945, foi libertado, ao mesmo tempo em que o PCB conquistava a legalidade.

Luís Simões Lopes

Luís Simões Lopes nasceu em Pelotas (RS) no dia 2 de junho de 1903. Filho de Ildefonso Simões Lopes, influente político e articulador da Aliança Liberal.

Luís Simões Lopes nasceu em Pelotas (RS) no dia 2 de junho de 1903. Filho de Ildefonso Simões Lopes, influente político e articulador da Aliança Liberal. Em 1921, Luís ingressou na Escola Superior de Agricultura Luís Queirós. Dois anos depois se transferiu para Escola Mineira de Agricultura e Veterinária de Belo Horizonte. Em 1924 trabalhou no Ministério da Agricultura e foi oficial-de-gabinete do ministro Miguel Calmon. Apoiou a candidatura de Getúlio Vargas em 1929. Foi preso ao assassinar o deputado Manuel Francisco de Souza Filho, foi absolvido em agosto de 1930. Em novembro do mesmo ano, foi nomeado oficial-de-gabinete da Secretaria da Presidência da República, ocupando o cargo até 1937. Em 1938 foi nomeado presidente do Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP), neste departamento foi responsável pela elaboração e controle do orçamento federal. Em 1939 participou da Missão Aranha, missão diplomática brasileira nos Estados Unidos chefiada pelo ministro Osvaldo Aranha. Em 1944 assumiu a presidência da Fundação Getúlio Vargas. Em 1945 deixou a presidência do DASP. Entre 1951 e 1952 dirigiu a Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil (CEXIM).

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em Recife (PE) em 19 de abril de 1886.

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em Recife (PE) em 19 de abril de 1886. Foi neto de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, um professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura; foi também sobrinho de João Carneiro de Sousa Bandeira e Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, sendo João membro da Academia Brasileira de Letras e Antônio presidente das Províncias da Paraíba e Mato Grosso. Formou-se em Letras e em 1903 ingressou na Faculdade Politécnica em São Paulo para cursar arquitetura, contudo a abandonou por motivos de saúde. Em 1919 publicou Carnaval, livro que se tornou famoso devido ao seu poema Os sapos, lido na Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1935 foi nomeado inspetor federal de ensino. Dois anos depois tornou-se professor catedrático de literatura universal do Colégio Pedro II. Ainda em 1937 recebeu o prêmio Felipe de Oliveira por suas obras. No ano seguinte se tornou membro consultivo da diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em 1940 entrou para a Academia Brasileira de Letras. Em 1943 lecionou a disciplina de literatura hispânico-americana da Faculdade de Filosofia do Rio de Janeiro. Três anos depois recebeu o Prêmio Nacional de Literatura, do Instituto Brasileiro de Educação e Cultura.

Manuel Lourenço Filho

Manuel Lourenço Filho nasceu em Porto Ferreira (SP) no dia 10 de março de 1897. Em 1919 ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo.

Manuel Lourenço Filho nasceu em Porto Ferreira (SP) no dia 10 de março de 1897. Em 1919 ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Dois anos depois foi nomeado para dar aulas de psicologia e pedagogia na Escola Normal de Piracicaba. Entre 1922 e 1923 foi responsável pela reforma do ensino público do Ceará, tornando-se diretor da Instrução Pública. Participou entre 1927 e 1928 das Conferências Nacionais de Educação. Em 1930 exerceu o cargo de chefe de gabinete do ministro da Educação, Francisco Campos. Foi um dos autores do Manifesto Pioneiro da Educação, em 1932. Entre 1931 e 1935 dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro. Em 1935 foi nomeado diretor da Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal. Dois anos depois foi diretor geral do Ensino Público em São Paulo, membro do Conselho Nacional de Educação e diretor do Departamento Nacional de Educação. Em 1938 organizou o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos e em 1944 lançou a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.

Marcos Clemente de Sousa Dantas

Marcos Clemente de Sousa Dantas nasceu em São Simão (SP) no dia 16 de junho de 1895.

Marcos Clemente de Sousa Dantas nasceu em São Simão (SP) no dia 16 de junho de 1895. Filho de Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas fundador do Jornal do Brasil, além de deputado federal e ministro do império; e neto de Manuel Pinto de Sousa Dantas que foi senador, ministro da Agricultura, da Justiça, da Fazenda e dos Negócios Estrangeiros no império e presidente do Conselho dos Ministros. Se formou pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Em 1921 entrou para o Banco do Brasil, sendo nomeado em 1929 diretor-superintendente do Banco do Estado de São Paulo. Após a Revolução de 1930 foi nomeado secretário da Fazenda pelo estado de São Paulo. Em 1931 foi um dos criadores do Conselho Nacional de Café. No mesmo ano deixou a Secretaria da Fazenda e passou a ocupar o cargo de diretor-superintendente da Tecelagem Ítalo-Brasileira. Presidiu o Conselho Nacional do Café em 1932. Em 1934 assumiu a direção da Carteira Cambial do Banco do Brasil. No ano seguinte integrou um importante órgão da Ação Integralista Brasileira, a Câmara dos Quarenta, o conselho supremo do partido. Permaneceu ligado ao governo Vargas mesmo após o Estado Novo e a dissolução de seu partido. Integrou a comitiva do ministro das Relações Exteriores, Osvaldo Aranha, ao Estados Unidos para tentar resolver problemas cambiais entre os países. Em 1953 assumiu a presidência do Banco do Brasil. Posteriormente a morte de Getúlio de Vargas se demitiu da presidência do banco.

Mario de Andrade

Mario Raul Morais de Andrade nasceu em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893. Em 1911 foi matriculado no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo para torna-se pianista.

Mario Raul Morais de Andrade nasceu em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893. Em 1911 foi matriculado no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo para torna-se pianista. Dois anos depois interrompeu os estudos devido a morte inesperada de seu irmão, concluindo sua formatura apenas em 1917. No mesmo ano, publicou seu primeiro livro de poemas, Há uma gota de sangue em cada poema. Em 1922 foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna. Seis anos depois escreveu Ensaio sobre a música brasileira e Macunaíma, herói sem caráter. Em 1935 organizou, junto com Paulo Duarte, o Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, do qual foi diretor. Em 1937 criou a Sociedade de Etnografia e Folclore de São Paulo, além da discoteca pública de São Paulo. No ano seguinte catalogou músicas do Norte e do Nordeste com uma equipe. Ainda em 1938 demitiu-se do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo após a instauração do Estado Novo. Contrário ao Estado Novo reuniu intelectuais e fundou a Associação Brasileira de Escritores (ABRE).

Miguel Crispim da Costa Rodrigues

Miguel Crispim da Costa Rodrigues nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1874. Ainda criança chegou ao município de Piracicaba (SP) e anos mais tarde se naturalizou brasileiro.

Miguel Crispim da Costa Rodrigues nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1874. Ainda criança chegou ao município de Piracicaba (SP) e anos mais tarde se naturalizou brasileiro. Era militar, iniciou sua carreira como soldado da Força Pública do estado de São Paulo. Teve participação destacada, em julho de 1924, no levante ocorrido na capital paulista contra o governo de Artur Bernardes, sob o comando do general Isidoro Dias Lopes. Em 1930, deu apoio ao movimento que derrubou o presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder e no mesmo ano fundou a Legião Revolucionária, organização que tinha por objetivo dar apoio a Revolução de 30. Com o início da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo foi preso, sendo libertado somente após a derrota do movimento. Em 1935, aderiu à Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política que reunia socialistas, comunistas, tenentes descontentes com os rumos da Revolução de 1930.

Miguel Reale

Miguel Reale nasceu em São Bento do Sapucaí (SP), em 1910. Era advogado e jurista, se formou pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1933.

Miguel Reale nasceu em São Bento do Sapucaí (SP), em 1910. Era advogado e jurista, se formou pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1933. Ainda na graduação se filiou a Ação Integralista Brasileira (AIB) fundada por Plínio Salgado em 1932. Foi designado membro do Conselho Supremo da AIB e chefe do departamento nacional de doutrina da organização. Em 1933, candidatou-se, sem sucesso, a uma vaga na Assembleia Nacional Constituinte pela AIB, em São Paulo. Em 1945, com a volta do país ao regime democrático, participou da fundação do Partido Popular Sindicalista (PPS). Foi nomeado secretário estadual de Justiça e Negócios Interiores no governo de Ademar de Barros, em São Paulo. Entre 1949 e 1950, foi reitor da Universidade de São Paulo (USP).

Milton Soares Campos

Milton Soares Campos nasceu em Ponte Nova (MG) no dia 16 de agosto de 1900. Ingressando na Faculdade de Direito em 1918.

Milton Soares Campos nasceu em Ponte Nova (MG) no dia 16 de agosto de 1900. Ingressando na Faculdade de Direito em 1918. Em 1925 dedicou-se ao jornalismo dirigindo Os Diários Associados, em Minas Gerais, fundando o Estado de Minas e colaborando com o Diário de Minas. Apoiou a candidatura de Getúlio Vargas, em 1929, e o movimento armado da Revolução de 1930 que destituiu o presidente Washington Luís. No ano seguinte ingressou na Região Mineira, que dava apoio ao novo regime. Em 1932 foi nomeado advogado-geral de Minas Gerais e dois anos depois foi eleito deputado estadual em Minas pelo Partido Popular (PP), cargo que ocupou até 1937 com o golpe do Estado Novo. Entre 1937 e 1945 presidiu a seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em 1939 participou da Sociedade Amigos da América, que apoiou os países Aliados (Estados Unidos, França, Inglaterra e posteriormente URSS) na Segunda Guerra Mundial. Quatro anos depois foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, documento de setores liberais contra o regime do Estado Novo. Em 1945 foi um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN), e no mesmo ano se elegeu deputado federal de Minas pelo partido. Entre 1947 e 1951 foi governador de Minas Gerais. 

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (SP), hoje município de Monteiro Lobato (SP), no dia 18 de abril de 1882. Entre 1899 e 1904 bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo.

Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (SP), hoje município de Monteiro Lobato (SP), no dia 18 de abril de 1882. Entre 1899 e 1904 bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1907 foi nomeado promotor público de Areais (SP). No ano seguinte seus artigos Velha Praga e Urupês foram publicados no jornal O Estado de São Paulo, Urupês inspirou o livro e o personagem Jeca Tatu. Em 1918 adquiriu a Revista do Brasil, no mesmo ano fundou a editora Monteiro Lobato. Em 1921 travou uma discussão com os modernistas ao publicar Paranoia ou Mistificação? criticando a exposição da pintora Anita Malfatti. Ainda em 1921 concorreu a uma vaga para Academia Brasileira de Letras (ABL), contudo desistiu antes da eleição. Concorreu novamente em 1926 e foi derrotado, no ano seguinte foi nomeado adido comercial nos Estados Unidos pelo presidente Washington Luís. Apoiou a candidatura de Júlio Prestes em 1929 e só retornou para o Brasil em 1931, após a consolidação da Revolução de 1930. Dedicou-se a campanhas em defesa do petróleo; em 1932 fundou a Companhia Petróleos do Brasil, Companhia Petrolífera Brasileira, Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul em 1936 e Companhia Mato-grossense de Petróleo em 1938. Teceu inúmeras críticas ao Código de Minas e ao Conselho Nacional do Petróleo (CNP), enviando uma carta à Getúlio Vargas acusando o CNP de ameaçá-lo e perseguir empresas nacionais em 1940. No ano seguinte, em 1941, foi preso, sendo libertado dois meses após sua detenção.

Nereu de Oliveira Ramos

Nereu de Oliveira Ramos nasceu em Lajes (SC) no dia 3 de setembro de 1888.

Nereu de Oliveira Ramos nasceu em Lajes (SC) no dia 3 de setembro de 1888. Seu pai, Vidal José de Oliveira Ramos, foi deputado provincial, governador de Santa Catarina, além de deputado federal e senador pelo estado. Em 1909 se torna bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo. Entre 1914 e 1918, na Primeira Guerra Mundial, exerceu o cargo de redator-chefe para um órgão do Partido Republicano Catarinense (PRC) e fundou o jornal A Noite. Em 1921 fundou o jornal A República e foi contrário à candidatura de Artur Bernardes. Em 1927 foi fundador e primeiro presidente do Partido Liberal Catarinense (PLC). Dois anos depois apoiou a candidatura de Getúlio Vargas e se elegeu deputado federal por Santa Catarina. Em 1930 integrou o levante da Revolução de 1930 acompanhando as tropas gaúchas. Apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932 e no mesmo ano foi um dos fundadores da Faculdade de Direito de Santa Catarina. Em novembro de 1933 foi um dos 26 deputados que integrou a Comissão Constitucional para análise do anteprojeto de Constituição do governo provisório. Em maio de 1935 foi eleito governador de Santa Catarina permanecendo no cargo até 1945. Com o início do Estado Novo, em 1937, passou de governador para interventor do estado. Em dezembro de 1945 foi eleito simultaneamente senador e deputado por Santa Catarina. Em setembro do ano seguinte foi eleito vice-presidente da república. Em fevereiro de 1947 foi indicado e eleito para presidente do Partido Social Democrático (PSD). Entre 13 a 30 de maio de 1949 exerceu a presidência da república na ausência de Eurico Gaspar Dutra.

Olegário Dias Maciel

Olegário Dias Maciel nasceu em Bom Despacho (MG), em 1855. Era engenheiro, formou-se pela antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1878.

Olegário Dias Maciel nasceu em Bom Despacho (MG), em 1855. Era engenheiro, formou-se pela antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1878. Em 1890, já no período republicano, elegeu-se deputado estadual. Em 1894, chegou à Câmara Federal, na legenda do Partido Republicano Mineiro (PRM). Elegeu-se vice-presidente do estado de Minas Gerais, em 1922. Em 1930, foi indicado por Antônio Carlos para sucedê-lo no governo mineiro e foi eleito com mais de 70 anos de idade. Manteve-se ao lado de Vargas durante o movimento que cobrava a reconstitucionalização do Brasil, em 1932. No início de 1933, participou da fundação do Partido Progressista (PP).

Olga Gutmann Benário Prestes

Olga Gutmann Benário Prestes nasceu em Munique, no dia 12 de fevereiro de 1908.  Em 1923, ingressou no Partido Comunista Alemão.

Olga Gutmann Benário Prestes nasceu em Munique, no dia 12 de fevereiro de 1908.  Em 1923, ingressou no Partido Comunista Alemão. Entre 1926 e 1928 trabalhou na legação comercial da União Soviética na cidade de Berlim, ainda no ano de 1926, em outubro, foi presa devido suas atuações políticas no partido, sendo liberada dois meses depois. Em abril de 1928, foi responsável pela ação armada que retirou, seu então companheiro, Otton Braun, da prisão; após o incidente, ambos se exilaram na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S). Três anos depois, viajou para Paris clandestinamente, com o nome de Eva Kruger, para participar da Comissão Executiva da Juventude. Em 1932, foi recrutada pela União Soviética para fazer parte de seu serviço secreto de espionagem em outros países. Em 1934, conheceu Luís Carlos Prestes, seu companheiro de missão, durante a viagem de navio que os levariam para o Brasil, eles chegariam no dia 11 de abril de 1935. Luís Carlos Prestes e Olga Benário entraram no país com os nomes de Antônio Vilar e Maria Bergner Vilar. Olga foi essencial na articulação política do Levante Comunista de 1935, e por esse motivo ela foi presa em 1936 pelo governo de Getúlio Vargas. Durante seu cárcere no Brasil, descobriu que estava grávida de Luís Carlos Prestes e em setembro do mesmo ano, foi deportada grávida, junto de sua companheira de organização Elisa Berger, para a Alemanha nazista de Adolf Hitler. Olga deu à luz a sua filha, Anita Leocádia Prestes, dentro da prisão de Barnimstrasse, e em janeiro de 1938, elas foram separadas, tendo Anita sido entregue a sua avó paterna, Dona Leocádia. Olga foi transferida para outros presídios antes de ser assassinada, pelo Estado nazista no campo de concentração de Bernburg em 23 de abril de 1942.

Olimpio Falconiere da Cunha

Olimpio Falconiere da Cunha nasceu em Itajaí (SC) no dia 19 de junho de 1891. Em 1912, no Rio de Janeiro, ingressou na Escola Militar de Realengo.

Olimpio Falconiere da Cunha nasceu em Itajaí (SC) no dia 19 de junho de 1891. Em 1912, no Rio de Janeiro, ingressou na Escola Militar de Realengo. Três anos depois esteve na Guerra do Contestado ajudando na repressão à revolta camponesa. Em 1922 participou da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana no Rio de Janeiro, e por sua atuação ficou preso por três meses. Em 1924, integrou a Revolta Paulista de 1924, de mesmo intuito do movimento tenentista, em decorrência da derrota foi destituído do exército e se exilou no Paraguai até 1926. Participou da Revolução de 1930 em Belo Horizonte, sendo reintegrado ao Exército após esse evento. Em 1931 se integrou no Clube 3 de outubro, e comandou entre 1931 e 1932 a Força Pública do Ceará. Em 1933 se tornou chefe da polícia do estado de São Paulo, saindo do cargo ainda no mesmo ano. No ano seguinte realizou o curso de Estado Maior das Forças Armadas. Em 1943 se tornou general, e em 1944 lutou na Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Ainda em 1944 foi nomeado inspetor geral das forças brasileiras. Em 1953 foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar.

Olímpio Mourão Filho

Olímpio Mourão Filho nasceu em Diamantina (MG) no dia 9 de maio de 1900. Em 1921 se formou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro.

Olímpio Mourão Filho nasceu em Diamantina (MG) no dia 9 de maio de 1900. Em 1921 se formou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Três anos depois, combateu o movimento tenentista da Revolta Paulista de 1924. Participou da conspiração das Forças Armadas para depor o ex-presidente Washington Luís em 1930. Dois anos depois, em julho, esteve na repressão à Revolução Constitucionalista de 1932, e em 1933 ingressou na Ação Integralista Brasileira (AIB), organizando a estrutura paramilitar do partido. Em 1935 publicou seu primeiro livro Do Liberalismo ao Integralismo. Em julho de 1937 integrou a Câmara dos Quarenta, conselho supremo da AIB, no mesmo ano dirigiu o serviço secreto do partido, e o Plano Cohen, um documento falso atribuído à instituição Internacional Comunista (Komintern) de uma organização de um possível golpe comunista. Em fevereiro de 1945 foi enviado à Itália para fazer parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra Mundial. Em março de 1964 deu início ao movimento militar que destituiu João Goulart da presidência.

Osvaldo Cordeiro de Farias

Osvaldo Cordeiro de Farias nasceu em Jaguarão (RS), em 1901. Foi um militar e político brasileiro.

Osvaldo Cordeiro de Farias nasceu em Jaguarão (RS), em 1901. Foi um militar e político brasileiro. Entrou para a Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, em 1918 e participou das revoltas tenentistas de 1922. Em 1930, participou da revolução que retirou o presidente Washington Luís da presidência. No ano seguinte, se tornou chefe da polícia de São Paulo e ficou no cargo até junho do ano seguinte. Em 1932, colaborou no combate à Revolta Constitucionalista de 1932 e, no ano seguinte, voltou a ocupar a chefia de polícia do estado. Em 1935, de volta ao Rio de Janeiro, combateu o levante militar feito por integrantes de esquerda ligados à Aliança Nacional Libertadora (ANL) e no início do ano seguinte foi nomeado interventor do Rio Grande do Sul. Em 1942, Cordeiro de Farias chegou ao generalato e em setembro do ano seguinte deixou a interventoria gaúcha para integrar-se à Força Expedicionária Brasileira (FEB).

Oswald de Andrade

Oswald de Andrade nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890. Em 1909 publicou seu primeiro artigo no jornal O Diário Popular, e dois anos depois fundou a revista semanal O Pirralho.

Oswald de Andrade nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890. Em 1909 publicou seu primeiro artigo no jornal O Diário Popular, e dois anos depois fundou a revista semanal O Pirralho. Em 1919 se formou pela Faculdade de Direito de São Paulo.  Foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922 junto com Mario de Andrade, Anita Malfatti, e outros. Entre 1924 e 1925 fundou o Movimento Pau-Brasil e anos depois, em 1928, o Movimento Antropofagista. Inspirado nas vanguardas europeias, o Movimento Pau-Brasil, desenhou a arte brasileira como uma cultura de exportação, com uma linguagem primitivista e naturalista sem o uso de regras e conceitos preestabelecidos da arte clássica e romântica; já o Movimento Antropofagista foi influenciado pelo Movimento Surrealista de André Breton, e questionava a cultura, a economia e a política nacional identificando os problemas como herança da colonização portuguesa. Em 1931 filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e foi contrário ao golpe do Estado Novo em 1937. Em 1940 se lançou candidato à Academia Brasileira de Letras perdendo a eleição por suas posições políticas. Em 1945 rompeu com o PCB ao participar do I Congresso Brasileiro de Escritores, em janeiro do mesmo ano.

Oswaldo Aranha

Oswaldo Euclides de Souza Aranha nasceu em Alegrete (RS), em 1884. Era advogado e se formou pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1916.

Oswaldo Euclides de Souza Aranha nasceu em Alegrete (RS), em 1884. Era advogado e se formou pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1916. Em 1927, elegeu-se deputado federal pelo Partido Republicano Riograndense (PRR). Teve grande participação nas articulações do movimento que tirou Washington Luís do poder. Assim que Vargas assumiu o poder, em 1930, Aranha foi nomeado ministro da justiça e logo após ministro da fazenda. Foi incentivador do Clube 3 de Outubro, organização que pretendiam dar mais força e coesão ao movimento tenentista. Entre novembro de 1932 e maio de 1933, fez parte da comissão nomeada pelo governo para elaborar o anteprojeto constitucional. Em 1937, se declarou contrário à ditadura do Estado Novo, mas mesmo assim continuou colaborando com o governo. Em 1938, foi nomeado ministro das relações exteriores e nesse posto, promoveu uma política gradual de aproximação do governo brasileiro com Estados Unidos. Em fevereiro de 1947, Oswaldo Aranha foi nomeado chefe da delegação brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU). Em junho de 1953, no segundo governo Vargas, voltou a assumir o Ministério da Fazenda.

Pedro Aurélio de Góes Monteiro

Pedro Aurélio de Góes Monteiro nasceu em 1889, em São Luís do Quitunde (AL). Era militar e cursou a Escola de Guerra de Porto Alegre.

Pedro Aurélio de Góes Monteiro nasceu em 1889, em São Luís do Quitunde (AL). Era militar e cursou a Escola de Guerra de Porto Alegre. Em 1930, assumiu o comando militar do movimento revolucionário articulado para depor o presidente Washington Luís.  Foi o primeiro presidente do Clube 3 de Outubro, organização que buscava conferir maior organização dos tenentes interventores. Em 1931, chegou ao generalato e foi designado comandante da 2ª Região Militar, sediada em São Paulo. Nesse cargo, envolveu-se intensamente nos conflitos pelo controle do governo paulista gerados pela Revolução Constitucionalista de 1932 e ocupou posição de destaque na repressão ao movimento. Mesmo sem ocupar qualquer cargo formal no governo, passou a ser um dos elementos centrais no processo de fechamento do regime, que teve seu desfecho no golpe que instalou a ditadura do Estado Novo, em novembro de 1937. Em agosto de 1945, reassumiu o Ministério da Guerra e, nos meses seguintes, articulou o golpe que afastou Vargas do poder, em dezembro daquele ano. Manteve-se à frente do ministério até setembro de 1946, quando o novo governo, chefiado pelo general Dutra, já havia tomado posse. Em 1947, elegeu-se senador por Alagoas, na legenda do Partido Social Democrático (PSD).

Pedro Ernesto

Pedro Ernesto Batista nasceu em Recife (PE), em 1884. Era médico, iniciou seus estudos universitários na Bahia e concluiu-os no Rio de Janeiro, em 1908.

Pedro Ernesto Batista nasceu em Recife (PE), em 1884. Era médico, iniciou seus estudos universitários na Bahia e concluiu-os no Rio de Janeiro, em 1908. Em 1930, participou da campanha de Getúlio Vargas à presidência da República. Após a posse do novo governo, foi nomeado diretor da Assistência Hospitalar do Distrito Federal e tornou-se o médico particular de Vargas e sua família.  No início de 1931, foi um dos incentivadores da fundação do Clube 3 de Outubro, organização que objetivava conferir maior coesão à atuação dos tenentes, e no mesmo ano foi nomeado interventor do distrito federal. Em 1935, aproximou-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização de caráter antifascista e anti-imperialista, que reunia comunistas, socialistas e "tenentes" de esquerda. Em abril do ano seguinte, foi preso e afastado da prefeitura carioca. Permaneceu no cárcere por mais de um ano, e ao ser solto, em setembro de 1937, foi saudado pela população

Plínio Salgado

Plínio Salgado nasceu em São Bento do Sapucaí (SP), em 1895. Em 1928, elegeu-se deputado estadual, em São Paulo, pelo Partido Republicano Paulista (PRP).

Plínio Salgado nasceu em São Bento do Sapucaí (SP), em 1895. Em 1928, elegeu-se deputado estadual, em São Paulo, pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Em 1930 apoiou a candidatura do indicado pelo então presidente, Washington Luís, Júlio Prestes à presidência da República. Em 1932, fundou a Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento inspirado no fascismo italiano. Após o I Congresso da AIB, realizado em Vitória (ES), o partido teve grande crescimento. Em 1937, se candidatou à presidência, mas quando percebeu a intenção continuísta de Vargas decidiu apoiá-lo com a esperança de o integralismo ser a base do novo regime. Entretanto, Vargas mandou fechar a AIB, assim como todos os outros partidos. Em maio de 1939 foi preso e um mês depois enviado para o exílio em Portugal. Voltou ao Brasil em 1945, com a redemocratização do país. Reformulou a doutrina integralista, e fundou o Partido de Representação Popular (PRP). Por essa legenda, em 1958, elegeu-se deputado federal pelo Paraná, reelegendo-se em 1962, desta vez por São Paulo.

Roberto Sisson

Roberto Henrique Sisson nasceu no Rio de Janeiro no dia 21 de fevereiro de 1899. Em 1915 ingressou na Escola Naval e três anos depois foi promovido a segundo-tenente.

Roberto Henrique Sisson nasceu no Rio de Janeiro no dia 21 de fevereiro de 1899. Em 1915 ingressou na Escola Naval e três anos depois foi promovido a segundo-tenente. Em outubro de 1921, foi preso por desobediência e desacato ao capitão Heráclito de Sousa e obteve sua absolvição no dia 18 de maio de 1922. Em setembro de do mesmo ano foi preso novamente após o Supremo Tribunal Militar expedir um mandato ainda relativo ao processo de desacato, foi julgado em 1923 sendo condenado primeiramente e depois absolvido no Conselho de Justiça. Em 1930 se formou em direito pela Universidade do Rio de Janeiro, e dois anos depois se doutorou e ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em agosto de 1931, foi definitivamente desligado do Exército por invalidez. Passou a organizar, em outubro de 1934, a formação da Aliança Nacional Libertadora (ANL) junto com Herculino Cascardo, Francisco Mangabeira e João Cabanas. Com o Levante Comunista de 1935 e a participação de vários aliados e companheiros de partido, Sisson foi preso no mesmo ano e julgado em 1937, resultando em 10 meses e 15 dias de prisão. Em novembro de 1937, no Estado Novo, se exilou em Montevidéu para fugir da perseguição política. Retornou ao país em 1942.

Samuel Wainer

Samuel Haimovich Wainer nasceu na Bessarábia, antigo Império Russo, no dia 19 de dezembro de 1910.

Samuel Haimovich Wainer nasceu na Bessarábia, antigo Império Russo, no dia 19 de dezembro de 1910. Cursou a Faculdade de Farmácia na Universidade do Rio de Janeiro, contudo, não assumiu a profissão tornando-se posteriormente jornalista. Em 1935, juntamente com Caio Prado Júnior, lançou a Revista Contemporânea. Em 1938, durante o Estado Novo, fundou a revista Diretrizes que três anos depois, em 1941, se tornou semanal. Entre 1938 e 1947, coordenou a revista, tendo de 1944 até 1945 o fechamento forçado de seu periódico pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Em 1945, foi o único jornalista latino-americano credenciado que cobriu o julgamento dos soldados nazistas da Segunda Guerra Mundial em Nuremberg, na Alemanha. Em 1949 entrevistou Vargas como repórter do jornal Diários Associados e publicou a manchete “Voltarei como líder das massas”. Em junho de 1951 foi divulgada a primeira edição do jornal A Última Hora, fundado por Samuel Wainer através de empréstimos estatais, no ano seguinte sofreu uma campanha acusatória devido ao seu posicionamento jornalístico favorável ao governo de Getúlio Vargas. A campanha foi coordenada pela imprensa anti-Vargas liderada pela Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda. Em abril de 1953 a Câmara dos Deputados abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Wainer devido as incriminações veiculadas de que o jornalista era de origem estrangeira e, portanto, (segundo as leis da época) não poderia possuir órgãos de imprensa. Em agosto de 1954, um pouco antes do suicídio de Vargas, escreveu a pedido do mesmo a manchete “Só morto sairei do Catete”. Em 2005, após 25 anos de sua morte e 18 anos da primeira edição de sua biografia Minha Razão de Viver, foi publicada uma segunda edição lançada por sua filha, Débora “Pinky” Wainer, assumindo a nacionalidade estrangeira do pai.

Sérgio Buarque de Holanda

Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo no dia 11 de julho de 1902. Ele foi pai de Chico Buarque, um renomado músico da Música Popular Brasileira (MPB).

Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo no dia 11 de julho de 1902. Ele foi pai de Chico Buarque, um renomado músico da Música Popular Brasileira (MPB). Participou do movimento modernista de 1922, e no mesmo ano foi nomeado representante da revista Klaxon. Em 1925 se formou pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade do Brasil, no curso de Ciências Jurídicas e Sociais, no Rio de Janeiro. Entre 1929 e 1931 trabalhou como correspondente do Jornal do Brasil, em Berlim. Em 1936 exerceu o cargo de professor assistente da Universidade do Distrito Federal, ainda em 1936 publicou sua grande obra Raízes do Brasil. Entre 1937 e 1944 foi chefe da seção de publicações do Instituto Nacional do Livro, foi também diretor da Biblioteca Nacional até 1946 e presidente da Associação Brasileira de Escritores. Ainda em 1946 assumiu a direção do Museu Paulista. Entre 1953 e 1955 ocupou o cargo de professor da matéria de estudos brasileiros da Universidade de Roma, na Itália.

Silo de Meireles

Silo Furtado Soares de Meireles nasceu em Ribeirão (PE) no dia 23 de outubro de 1900.

Silo Furtado Soares de Meireles nasceu em Ribeirão (PE) no dia 23 de outubro de 1900. Seus irmãos, Ilvo Meireles e Rosa Meireles foram membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo Ilvo Meireles participado do Levante Comunista de 1935. Em 1919 ingressa na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Em julho de 1922 participou da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, e devido sua atividade foi preso no mesmo ano e libertado apenas cinco anos mais tarde, em 1927. Após a Revolução de 1930, em novembro, foi anistiado por sua atuação no movimento tenentista e promovido a primeiro-tenente, entretanto, recusou a anistia devido a posições políticas. Entre 1930 e 1935 fundou com Luís Carlos Prestes a Liga de Ação Revolucionária (LAR), um grupo que desejava que o movimento de 1930 realizasse a revolução agrária e fosse anti-imperialista, tendo seus planos fracassados desfizeram a LAR e foram para União Soviética. Ainda neste período ingressou no PCB. Em 1935 retorna ao Brasil como membro do comitê central do Partido Comunista Brasileiro e ajudou na fundação da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Participou do Levante Comunista de 1935 sendo um dos organizadores dos protestos ocorridos no Nordeste. Foi preso no dia 25 de novembro deste ano pelo envolvimento, sendo solto em 1941. Em 1943 trabalhou na Coordenação da Mobilização Econômica e dois anos depois rompeu com o PCB por discordâncias. Em janeiro de 1951 regressou ao exército e foi promovido a major. 

Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral nasceu em Capivari (SP) no dia 1 de setembro de 1890, possivelmente. Em 1917 teve aulas de pintura com o pintor Pedro Alexandrino Borges.

Tarsila do Amaral nasceu em Capivari (SP) no dia 1 de setembro de 1890, possivelmente. Em 1917 teve aulas de pintura com o pintor Pedro Alexandrino Borges. Três anos depois viajou para Paris e se matriculou na Academia Julian e posteriormente na Academia de Émile Renard. Retorna para o Brasil em 1922 e logo se integrou ao movimento modernista, participou do Grupo dos Cinco, um grupo de artistas modernistas formado por Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Menotti Del Picchia. Em 1924, realizou uma excursão pelas cidades históricas de Minas Gerais juntamente com Oswald de Andrade, Mario de Andrade e Blaise Cendras. Essa viagem inspirou sua fase artística conhecida como Pau-Brasil, tendo destaque sua principal obra Abaporu (1928). Em 1926 realizou sua primeira exposição solo em Paris, na Galeria Percier. Em 1930 assumiu o cargo de conservadora na Pinacoteca de São Paulo, perdendo o cargo logo após a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas. Em 1931 viajou para a União Soviética, devido a essa viagem é considerada suspeita de subversão e é presa. Em 1933 pintou o quadro Operários e iniciou uma fase com críticas sociais. Entre 1936 e 1938 escreveu artigos semanais para o Diário de São Paulo. Expôs na primeira (1951) e na segunda (1953) Bienais de São Paulo.

Valdemar Falcão

Valdemar Cromwell do Rego Falcão nasceu em Baturité (CE) no dia 25 de janeiro de 1895. Em 1916 se forma na Faculdade de Direito do Ceará.

Valdemar Cromwell do Rego Falcão nasceu em Baturité (CE) no dia 25 de janeiro de 1895. Em 1916 se forma na Faculdade de Direito do Ceará. Em 1917 tornou-se delegado de polícia de Fortaleza, em seguida assumiu o cargo de delegado da 1ª Região Policial, sendo exonerado em 1919. Dois anos após sua exoneração, em 1921, se tornou professor de economia política e direito administrativo da Faculdade de Direito do Ceará, ainda neste ano se torna professor vitalício de história geral do Colégio Militar do Ceará. Apoiou a Revolução de 1930, e no ano seguinte se tornou membro do Clube 3 de outubro, um agrupamento de líderes tenentistas que defendiam o prolongamento do governo provisório. Em 1932 integrou o conselho administrativo da Caixa de Mobilização Bancária e assumiu a vice-presidência do Conselho Nacional do Trabalho, no Rio de Janeiro. Em dezembro de 1934 foi líder da Liga Eleitoral Católica (LEC), na Câmara Federal, e representou o Ceará na Comissão Constitucional na Assembleia Nacional Constituinte. Em maio de 1935, integrou a Comissão de Finanças da Câmara e foi eleito senador pelo Ceará. Em novembro de 1937, já no Estado Novo, assumiu o cargo de ministro do Trabalho, Indústria e Comércio substituindo Agamenon Magalhães. Três anos depois foi nomeado membro do Conselho de Segurança Nacional (CSN) e no ano seguinte, em julho de 1941, foi designado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 1945 compôs a corte do Tribunal Superior Eleitoral, e ainda neste ano após a saída de Getúlio Vargas do executivo, em outubro, assumiu a presidência do órgão. 

Virgílio Alvim de Melo Franco

Virgílio Alvim de Melo Franco nasceu em Ouro Preto (MG), em 1897. Era advogado, se formou pela Faculdade Livre de Direito, do Rio de Janeiro, em 1918.

Virgílio Alvim de Melo Franco nasceu em Ouro Preto (MG), em 1897. Era advogado, se formou pela Faculdade Livre de Direito, do Rio de Janeiro, em 1918. Seu pai, Afrânio de Melo Franco, ocupou postos importantes no governo e no Parlamento durante a República Velha, e foi o primeiro ministro das Relações Exteriores do país após a Revolução de 1930. Seu irmão, Afonso Arinos de Melo Franco, também chefiou o Itamarati, no início da década de 60. Em 1922, Virgílio elegeu-se deputado estadual em Minas Gerais na legenda do Partido Republicano Mineiro (PRM). Durante o governo de Washington Luís, Virgílio aproximou-se da oposição e dos tenentes. Foi um dos principais articuladores da Revolução de 1930. Embora sem cargo público, manteve grande influência nos primeiros anos do novo regime, inclusive contando com importantes contatos nos meios jornalísticos. No início de 1933, elegeu-se deputado federal constituinte na legenda do Partido Progressista (PP), de Minas Gerais. Em 1937, manifestou-se contrário à instauração da ditadura do Estado Novo. Ainda em 1945, esteve entre os principais articuladores da União Democrática Nacional (UDN), partido político que reunia a oposição liberal ao Estado Novo.

Zenóbio da Costa

Euclides Zenóbio da Costa nasceu em Corumbá (MS), então no estado de Mato Grosso, em 1893. Era militar, cursou o Colégio Militar e a Escola Militar, ambos no Rio de Janeiro.

Euclides Zenóbio da Costa nasceu em Corumbá (MS), então no estado de Mato Grosso, em 1893. Era militar, cursou o Colégio Militar e a Escola Militar, ambos no Rio de Janeiro. Em 1922, combateu o levante tenentista deflagrado na capital federal contra a posse de Artur Bernardes na presidência da República. Em 1930, apoiou discretamente o movimento político-militar que derrubou o presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder. Em 1932, posicionou-se ao lado do governo na luta contra a Revolta Constitucionalista de São Paulo. Em agosto de 1941, foi promovido a general-de-brigada. Ainda nesse ano, ingressou como voluntário na Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviada pelo Brasil à Itália para participar da Segunda Guerra Mundial. Acabou sendo designado comandante do 1º escalão da FEB, enviado para a Europa em julho de 1944, composto por cerca de 5.800 homens.

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